sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Resenha do Livro coloque o Diabo no seu devido lugar - Dr. Pr. Valtair Miranda

A visão da demonológica do antigo testamento não nos deixa claro a existência de um ser que possa ser denominado como demônio ou ao próprio Diabo/Satanás.
            Pode-se dividir este pensamento no Antigo Testamento em dois períodos como aponta o autor: Tradições antes do exílio babilônico (586 a.C) e posteriores ao exílio babilônico. No período anterior existiram referencias insistentes a ídolos como Moloque, porém, o povo acreditava que existia um Deus superior ao demais, mas isso não os impedia de adorar a outros deuses de menor “poder”.
            Este entendimento é fácil de assimilar, por causa de como os povos se relacionavam nesta época. Se algum povo ou ate mesmo uma pessoa mudasse onde morava para ir para outra terra ele mudava de deus ou quando uma nação e conquistada por ter sido derrotada em uma guerra, está passa a ser obrigada a adorar aos deuses de seus conquistadores. O autor nos informa que “é o caso de Jeremias que, em seu livro, narra um interessante episódio em que o povo considerou o culto estrangeiro mais vantajoso que o próprio culto a Iahwé. (Jr 44.17)” p13
            A partir do exílio babilônico esta concepção muda e se passa a entender esses deuses menores como seres celestiais, denominados a partir de então como anjos, e agora só existia um Deus, Iahwe, Deus de seus pais. Junto com essa mudança se amplia a visão cosmologia com geografia para poder absorver as figuras celestiais, por exemplo, o demônio do deserto, demônio do dia ou do ar. Isso explica algumas referências como “flagelo” de Habacuque 3.5.
            No que tange as funções destes seres celestias, eles respeitam a mesma divisão citada acima. Antes do exílio Deus Iahwe era responsável tanto pelas coisas boas quantos pelas desgraças que assolavam o povo. As ações de anjos, por exemplo, eram tratadas como sendo de Deus Iahwe. Após o exílio com a compreensão configurada de forma diferente, passa-se a usar o termo SATÃ, que é citada em sua maioria no AT com o sentido de adversário ou o verbo opor-se, não se referindo a um personagem celestial, funciona como um adjetivo a alguém ou a alguma situação.  Contudo, e quatro referências o vocábulo parece se referir algum ser celestial Essas passagens são: Nm 22.22,32; Zc 3.1-2; Jó 1.6; 1ª Cr 21.1. Nestes casos o SATÂ e denominado como um promotor de justiça para opor-se a homens e mulheres.
            O interessante é ainda perceber que Iahwe ainda é o visto como o executor de tudo, origem final da execução desses seres, que não são percebidos como independentes.
             No período inter bíblico a característica é a questão da literatura apocalíptica. Este tipo de literatura se preocupou em descrever a “evolução” de pensamento em relação ao seres celestiais, principalmente em relação a anjos e aos demônios. E característico deste movimento em seu inicio e de que alem de um estilo literário era um movimento cultural que influenciou os grupos cristãos em seu inicio de formação, onde a luta cósmica entre Deus e as potências do mal, quase de forma dualística e a esperança escatológica de que o Messias instauraria o reino de salvação do tempo de sofrimento e a era do porvir. Os anjos assumem um papel  mais preponderante do que no antigo testamento. Daí se pode dizer que pensamentos sobre a guerra entre o bem e o mal guerras celestiais começaram a partir daqui.
            Para autores do novo testamento, eles precisavam dialogar com essa visão e Cristo é a chave hermenêutica para tal dialogo.
             Nos evangelhos encontramos o que Jesus demonstra a respeito da demonologia, caracterizado por situações onde os próprios demônios o reconheciam como o filho de Deus ou o santo de Deus. Isto nos mostra uma cristologia muito peculiar, demonstrando que Jesus era realmente Deus para os leitores originais dos evangelhos.
            Nos respectivos diálogos dos endemoniados, em Mateus Jesus é chamado de filho de Deus e em Lucas filho do Deus altíssimo. Essas frases demonstram um tipo de adoração que apesar de existir é inútil. Estes títulos dados pelos demônios não foi dado nem por familiares e adversários muito menos os discípulos que eram companhia de Jesus durante três anos. Em Marcos o mestre é chamado de Santo de Deus, um titulo que nem o próprio Jesus falou dele mesmo. Isto nos da uma idéia de uma cristologia muito elevada por parte destes seres celestiais.
            Nas cartas paulinas é usada uma descrição cronológica das cartas, assim nos mostrando o desenvolvimento da teologia de Paulo ao longo do crescimento das igrejas que ele mesmo fundara.
            Quando Paulo escreve aos tessalonicenses em sua primeira carta, Paulo destaca que a vontade dele era de estar entre os irmãos de Tessalônica, mais devido a sua expulsão logo quando iniciava a igreja começando as pregação na sinagoga, onde os Judeus os expulsarão, a pregação de Paulo no que tange a volta de Cristo, era feita de uma forma muito imediata, inclusive Paulo acreditava que Jesus iria voltar com ele ainda vivo, mas a controvérsia surgiu por causa dos crentes que já estavam mortos. Paulo então trata de temas como a idolatria, satanás, tentador e anjo, mostrando-nos que os profetas do AT desprezavam as figuras das imagens por acreditarem que por traz de cada imagem existe demônio, aparecendo 18 vezes em suas cartas, indicando um assunto de muita importância para o apostolo. A carta é para mostrar os irmãos de Tessalônica, na questão da idolatria, que antes serviam deuses mortos e agora eles trocaram o senhoria de tais deuses pelo senhorio do Deus vivo, destacando os adjetivos da descrição do novo Deus para aquela comunidade, “vivo e verdadeiro” este são os adjetivos de Deus. Ao tema satanás Paulo se refere como quem tem atrapalhado a volta do apostolo ao convívio dos irmãos (1ªTs 2.8). A ocorrência deste termo nas obras de Paulo soma um total de 10 vezes. Algo interessante é o fato de como satanás impedia a Paulo a votar a Tessalônica? Repostas válidas seriam a perseguição judaica ou como alguns comentaristas levantam uma enfermidade ou embargo político. O tentador é referido por Paulo como aquele que poderia levar aos convertidos a abandonarem a fé por causa das tentações. O que identifica o tentador é o uso do artigo definido masculino, indicando referência a satanás. Anjo, nesta carta, é mencionado várias vezes, sendo que a volta de Cristo será cercada por anjos ou arcanjos, que é uma espécie de comandante, porem Paulo usa este termo sem descrever qualquer hierarquia angelical, para os conterrâneos de Paulo a figura denotava um chefe, mas não voltara a se mencionado por Paulo.
            Na carta de 2ª Tessalonicenses, Paulo mantém a mensagem do fim de mundo, porém a perspectiva é diferente, a iminente volta de Cristo está precedida de alguns eventos como a apostasia. A mensagem desta vez é mais dura, como em 2ª Ts 1.5-10, pois o juízo do Senhor é o enfoque ao invés de resgate dos cristãos por parte de Cristo.
Sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo; se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho).

            A segunda epistola usa indiretamente a imagem de satanás, usando a expressão “de forma parecida com as manifestações de satanás” ou apenas “influenciada por satanás”. Entende-se que das duas formas o iníquo seria inspirado por satanás. Imagens estas inspiradas nas fontes e tradições judaicas, denunciando imagens bem conhecidas dos leitores originais da carta.
            Paulo é o fundador da igreja da Galácia e por de trás da obra que Paulo escreve para esta igreja, existe o fator de uma grave crise entre os judeus cristãos e os ensinos de Paulo. No desejo de “consertar” os ensinos de Paulo, esses cristãos judaizantes ensinam as práticas judaicas e tentam tirar a autoridade de Paulo. Daí o apóstolo usa as figuras demonológicas para autenticar seu ministério dizendo que aqueles que perturbam querem perverter o evangelho, e se refere a um anjo que vindo do seu e pregando outro evangelho seja anátema.
            Neste propósito de aferir sua pregação como verdadeira ele nos mostra um conceito de duas eras e conceitua-as de três maneiras diferentes: “oikoumene”, que descreve a terra em sua plenitude, não tendo muita função na demonologia de Paulo, seu uso é apenas geográfico ou político; “aion” importante vocábulo usado por Paulo, de a entender o dualismo como escatológico, este teve seu inicio no período interbíblico fazendo crescer a idéia de um intervenção divina na historia, esta intervenção é denominada pelos estudiosos como “escaton” dando origem ao termo escatologia que se daria com a chegada d messias para inaugurar o reino dos céus; “kosmos” e traduzido como mundo.  EM 1ª Timóteo aparece com o significado de adorno, nos demais lugares significa terra inteira, conjunto dos seres humanos e para está pesquisa criação caída.
            Este termo aparece duas vezes em gálatas, no versículo 4.3 e 6.4, significando que o que PE bom para Deus é mau para o mundo e o que é bom para o mundo é mau para Deus. Porém percebe-se que o mundo em si não PE mau, maus a humanidade que habita nela é que se rebelou contra Deus.
            Os anjos em Gálatas aparecem e dois textos relacionados exclusivamente a lei. Era popular que os anjos fossem ligados por uma tradição judaica em que eles entregaram a lei a Moises no monte Sinai, e Paulo como homem do seu tempo também cria nisso, mais com a visão negativa desse evento. Em Gálatas 1.8, Paulo se refere que é muito inferior o texto da revelação entregue pelos anjos em comparação ao evangelho de Cristo pregado por ele.
            Sobre a humanidade como um todo, Paulo descreve como homens e rebelião para com Deus. Nesse contexto deve citar a expressão rudimentos do mundo, em grego “stoicheia tou Kosmou”. O termo “stoicheia” traduzido como rudimentos, aparece nos dicionários como principio fundamentais, abecedário e corpus celestiais, sendo três de suas possibilidades. Usado também na septuaginta como elementos do universo.
            Os stoicheia eram para alguns leitores judaicos espíritos guardiões do mundo, e a ferramenta para controlar o mundo eram a lei no caso do judeu e os ídolos para os gentios. Quer debaixo da lei ou dos ídolos Paulo considerava como escravidão, fazendo Paulo descrever a morte de Cristo como resgate, aparecendo este idéia em 1ª tessalonicenses, referencia a libertação dos tessalonicenses da idolatria demoníaca para uma nova vida em Deus. Em Gálatas, Paulo escreve para que os convertidos não trilhassem uma vida de escravidão seguindo os stoicheia
Em Corinto, a igreja fundada por Paulo teve seu inicio com convertidos do paganismo e alguns judeus convertidos. Na cosmologia a carta segue de perto as visões das cartas anteriores a respeito de satanás, sendo que em muitos momentos parede ser um adjetivo. Cristo é celestial em oposição a Adão que é carnal.
Jam 2ª Corintos o apostolo descreve ida de um homem ao terceiro céu referencia a ida de Paulo a um lugar celestial, usado em terceira pessoa como artifício literário. Para ao se orgulhar foi lhe posto um espinho na carne, um mensageiro de satanás, usado como artifício de dor usado de modo figurado. A estrutura levantada por Paulo é: o espinho por trás de satanás, satanás por de trás do objeto e Deus por detrás de satanás, revelando a completa soberania de Deus. Esta figura pedagógica fica mais evidente na passagem do adultério em Corinto.
Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus.

            O contexto de reprimenda paulina e eclesiástica, entregar a satanás era excluí-lo da comunhão, por ele não demonstrar arrependimento, sendo assim expulsa-lo da comunhão é o mesmo que entregar a satanás, podendo possivelmente estar usando a expressão “carne” como conseqüências físicas como doenças ou morte. O mesmo contexto é usado em 1ª Coríntios 11.30, onde alguns estavam doentes e morrendo por estarem participando de maneira inapropriada da ceia. Em outra passagem de 1ª Coríntios 7.5, Paulo fala de uma possível tentação de satanás no matrimonio se os casados se privarem um do outro. Depois trata da mesma forma das relações fraternas no texto a seguir, de 2ª Coríntios 2.10-11. A pergunta que surge agora e de como satanás poderia roubar a comunidade por falta de perdão? Possivelmente o individuo que seria perdoado se não perdoado poderia se perder.
           
Outra nota é em 2ª Coríntios 11.14, referindo se a uma tradição judaica que após ser expulso do jardim do Édem, satanás volta ao casal em fora de anjo de Luz. Paulo se refere aos livros de A vida de Adão e Eva e o apocalipse de Moises. Identificando membros da própria comunidade como lobos.
Na questão da idolatria, havia uma questão muito seria em Coríntios. O cristão poderia comer carne sacrificada a ídolos? Paulo apresenta em primeira a inofensividade dos ídolos perto de Deus, porém no segundo momento ele afirma sua preocupação, pois por atas de cada ídolo Paulo vê um demônio.
Na tradição judaica demônios não eram necessariamente ligados satanás ou diabo, mas relacionadas a enfermidades, por isso a relação muito próxima no novo testamento de se exorcizar uma pessoa e depois ela ser curada. No mesmo contexto segue a idolatria e surge a questão em 2ª Coríntios 6.15, onde a palavra traduzida por maligno é “Belial”, nome designado neste contexto que é único a uma divindade estrangeira, e por detrás destas imagens existem demônios.
Este mundo x mundo celestial nas cartas de Coríntios é exaltado o mundo celestial sobre as terrenas. Paulo recomenda a visão de um mundo vindouro em outra dimensão, apesar de não serem vistas. Para Paulo o que os olhos humanos enxergam é transitório e frágil, diante das realidades celestiais é digno de citação  que, as realidades celestiais existem apesar de não serem vistas.
Os anjos são descritos em Coríntios como espectadores dos luzeiros (Fp 2.15) que são dirigidos pelo Espírito Santo (1ª Cor 2.12). Assim parecem os anjos em Coríntios como espectadores dos homens.
Romanos é uma carta mais teológica das cartas do apostolo Paulo, por isso suas palavras são diretas na pregação do evangelho, por isso não possui muitas expressões cosmológicas.
O mundo a ira de Deus esta se manifestando no presente contra a impiedade, contra o pecado e a perversão. Diretamente fala que a ira de Deus será manifestada na volta de Cristo e já esta se manifestando contra o pecado. Isso acontece porque os pecadores são entregues aos seus pecados e o controle do príncipe deste mundo. Essa escravidão é integral. Paulo cataloga 21 formas de comportamento imoral, todos de entrega das pessoas aos seus pecados.
O autor de Colossenses parece não conhecer seus destinatários e a igreja estava passando por inúmeras idéias perigosas que estariam colocando a igreja em perigo.
Mundo é a primeira referência cosmológica nesta carta, já no capitulo 1 versículo 5, a expressão refere-se a vida ao lado de Cristo a destra de Deus. Está é outra carta a exaltar as realidades celestiais. Textos como este apresenta a divisão em dois mundos, em duas esferas de realidade. Os cristãos são exortados a pensar na realidade porvir e desejá-la mais eu a realidade temporal em que se vive, porém não é o dualismo absoluto, Deus é dono das duas realidades. A linguagem aponta esta realidade temporal rebelde a Deus e os evangelhos tratam da tradição como algo negativo pois a tradição oral e diferente da tradição escrita e na pratica a primeira era desenvolvimento da segunda. Tradição neste caso e costume humano.
Todo legalismo ou sistema religioso independente de judaico ou gentílico é uma prisão e opressão para o ser humano e a carta descreve este processo de libertação com uma linguagem bélica para destacar que todos os cristãos estão livres da opressão dos seres celestiais.
A soberania de Cristo, Colossenses trata de forma que exalta a obra de Cristo e isto era necessário para combater o que acontecia na igreja, feita através de cinco proposições centralizadas no s versos 16 e 27 do capitulo 1. Nele foram criadas todas as coisas, refere-se na esfera em que tudo é criado em Cristo; por meio dele indica instrumentalidade; para ele, nada subsiste sem ele; antes dele nos propõe a proeminência de Cristo; sob ele esta a idéia de subsistência, mesma idéia de dependência. A passagem não deixa duvidas sobre a soberania, pois descreve que todas as coisas, tanto no céu quanto na terra estão em Cristo. Neste caso os seres celestiais estão diretamente ligados a Cristo.
Em Colossenses a cosmologia e cristológica, pois coloca Cristo como cabeça de todas as coisas.
Em Efésios a igreja é tema central e é rica em referencias cosmológicas.
A primeira ocorrência indica que nas regiões celestes os cristãos já foram abençoados em toda sorte de bênçãos espirituais, e o verbo da idéia de uma ação já realizada e também de forma locativa, designando lugar das bênçãos e no caso os cristãos.
A segunda refere a Cristo reinando nas regiões celestiais soberano sobre principados e potestades.
20  que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial.
21  Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes. Ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que existem neste mundo e no mundo que há de vir.
22  Deus colocou todas as coisas debaixo da autoridade de Cristo e deu Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo.

O texto descreve a obra que Deus fez em Cristo e como nas passagens anteriores todos os verbos indicam ações já completadas.
A carta segue em descrever o governo de Cristo a direita de Deus e a expressão direita deve ser entendida com o sentido figurado indicando reinado concedido ou representativo.
De forma impressionante a carta transporta todas as construções ate agora relacionadas com Cristo para os cristãos. A idéia de assentar (Ef 2.6) é reinar com (Mt 19.28). Cristo reina sobre todas as coisas assim como os cristãos.
De forma mais enfática os cristão reinam juntamente com Cristo sobre principados e potestades e os cristão são co-governantes com Cristo.
A próxima referencia se da para a igreja. Nas regiões celestiais, a igreja ensina ao seres celestiais sobre a misericórdia divina, é um evento proclamotório: para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,( Ef 3.10). Os seres celestiais passaram a conhecer a a sabedoria de Deus através da igreja.
Na ultima referencia a seres celestiais, a referencia se da em uma luta, e luta diária dos crentes: porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. (Ef 6.12)
Apesar de nos remeter a uma espécie de luta contra os seres celestiais, outra leitura mais coerente nos remete a uma luta diante deles. O texto nos manda vestir de toda a armadura de Deus para lutar não diante da carne e sim dos seres celestiais. Se o Cristão reina sobre eles não poderia lutar contra eles.
Assim o cristão está em duas realidades, na terrena passa aflições na celestial reina soberano com Cristo.
As cartas pastorais representam o final da tradição paulina, são cartas mais preocupadas com a constituição das igrejas, por isso só tocam em cosmologia quando e extremamente necessário. È comum imaginar estas cartas como para pastores e lideres.
Estas cartas queriam combater os falsos lideres e seus ensinos.
A maioria das referencias estão direcionadas a satanás. A primeira citação de satanás está em 1ª Tm 1.20, onde satanás serve como disciplina para os pecados das igrejas, outra está em 1ª Tm 3.6 para que os lideres não se ensoberbeçam para não caírem na condenação do diabo.
Os anjos parecem poucas vezes na carta, aparecem em 1ª Tm 3.16 no sentido de participarem na glorificação de Cristo.

            O capítulo central da obra do apocalipse está no capítulo 12, embora seja discutido o mal como um todo em todo o livro.
            A realidade de satanás é que ele já está derrotado pois Jesus já morreu na cruz e a derrota de satanás já esta consumada e decretada por isso pode-se considerar que ao nos tentar ele esta tentando levar os que ainda tem salvação e por isso podemos considerá-lo tendo espasmos de morte antes de seu julgamento final.
            A identidade do dragão e tratada com vários nomes como antiga serpente, referencia dada em Gn 3.15, diabo podendo ser traduzido como caluniador e difamador usando como adjetivos e diabo mesmo como substantivo, satanás termo bem conhecido dos leitores judeus, além do atributo de sedutor do mundo parece ter ligação com a tradição da antiga serpente e chefe de anjos. Acusador que ainda é acrescentado.         
            O resultado do conflito é que o dragão acusava os irmãos no céu de dia e noite e esse é o papel na escritura hebraica principalmente quando nas narrativas de Jó e Zacarias.
            Com o impedimento de o dragão acusar na corte celestial os crentes, é nesse momento que ele é expulso do céu, positivamente é bom que ele não pode mais acusar os crentes no céu e esse é um dos planos de salvação, porém ele foi jogado na terra e ai passa a perseguir os seguidores na terra, portanto, a perseguição e passageira.

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