domingo, 26 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A pergunta das gerações.

O que é ser jovem? Uma pessoa descolada, dinâmica, bem relacionada, uma agenda social repleta de compromissos, muitos amigos, namorarem bastante! Talvez sim, talvez não...
Na sociedade que vivemos atualmente, tudo se tornou tão rápido e, de certa forma inusitado, que percebemos uma evolução do crescimento humano em termos de conhecimento nunca antes visto. Jovens se formam cada vez mais novos, escolhem seus caminhos cada vez mais novos e por vezes escolhem caminho equivocadamente. Esta percepção se dá em todas as esferas de relacionamentos, onde namorar sem sexo é careta, propósitos de trabalho, onde se não levar vantagem em tudo não vale a pena, ideais e atitudes intempestivas que gerarão ranhuras a curto, médio e longo prazo.
E ai a pergunta novamente deve ser feita, o que é ser jovem? Talvez as afirmações feitas acima possam realmente definir um estilo jovem bem legal de ser vivido, porém precisamos olhar para o princípio de tudo, Deus. A bíblia nos afirma que os céus declaram a gloria de Deus e o firmamento as obras de suas mãos! Como podemos ter uma juventude agradável de ser vivida sem admirar algo tão grandioso como a natureza? E se a natureza é bela assim imagina quem a criou! Não faço aqui nenhuma apologia a teologia natural como fundamento de conversão, porém ela nos ajuda a demonstrar a beleza de nosso Deus.
Olhe ao seu redor, observe pessoas, veja quantos jovens que usam de uma ideologia alternativa de vida que pode ser ganha pra Cristo, se usarmos o que Deus criou como argumento para demonstrar o amor de Deus por eles, como por exemplo, um surfista, que ama o mar e que tem sua filosofia muito firme no mar e dizer pra ele que foi Deus quem criou aquilo pra realmente ser desfrutado por ele mis que aquilo ali não será suficiente pra toda a vida dele e que ele precisa encontrar o autor da vida e do mar que ele tanto ama.
Apesar de parecer um escrito para jovens, precisamos de dedicação integral da igreja de Cristo para que o evangelho seja pregado de formas dinâmicas, envolventes tanto para crianças chegando até terceira idade. Seja criativo como nosso Deus é criativo, e se acha que não tem capacidade peça que o dono de toda criatividade que ele vai te dar.

domingo, 19 de dezembro de 2010

O começo da (minha) história.

João 1.1 e 14 - Lucas 2.21-32 – João 3.1-7
            Após o nascimento de Jesus descrito em João, num período de dias descritos pela lei, o primogênito e sua mãe deveriam passar pelo rito da purificação, logo o texto no informa duas purificações na mesma narrativa, o da mãe que após quarenta dias após ter dado a luz teria que se purificar, sendo que, se fosse menina, o tempo seria o dobro, ou seja, oitenta dias para a purificação da mãe e da menina. Já o menino era levado ao oitavo dia para ser circuncidado e depois, levado para a purificação.
            Todo menino primogênito deveria ser apresentado no dia da purificação trinta dias após seu nascimento, por uma quantia em dinheiro equivalente a um quilo de moedas (prata ou ouro) e o sacrifício de um cordeiro para que fosse lembrado o episódio da libertação do Egito, e a finalidade do dinheiro para que o menino fosse resgatado do serviço do templo, pois, quando a criança era apresentada, se não pagassem a quantia, esta criança teria que servir no templo.
            É nesse contexto mostrado, Simeão encontra com o menino e celebra este encontro de forma brilhante orientado pelo Espírito Santo de Deus. Ao realizar este ato Simeão nos ensina algumas coisas muito próprias de homens orientados por Deus, propósitos que podem nos  orientar por toda a vida e estes são:
1 – Conhecer o salvador (soteri)
As palavras de Simeão revelam a universalidade do plano divino de salvação;
  • A palavra salvação (soterion) é empregada referindo a Deus pela primeira vez em Lucas 1.47 e aqui neste texto esta palavra tem o mesmo sentido sendo aplicada a pessoa de Jesus.  Que expressa esta salvação, ou através de quem Deus está a ponto de executá-la
Era raro um judeu afirmar que o Messias traria salvação para toda a humanidade;
  • Messias, na tradição judaica, traria consolo, salvação, paz e libertação somente ao povo escolhido, ou seja, aos judeus; é interessante observar que, Simeão ao cantar esta salvação (soterion) inclui todas as nações, judeus e gentios nesta salvação. Importante frisar de que, mesmo sendo o pensamento judaico exclusivista a respeito da salvação, o Messias era um rei salvador judaico, o Velho Testamento, livro dos judeus, afirma da mesma forma que a canção de Simeão que o Messias viria para salvar todas as nações. Isaias 52.8-10
Ele, Jesus, é salvador universal;
  • Jesus quer dizer "Javé é Salvador"; é a forma grega de "Josué" {#Mt 1.21}.
  • "Cristo" quer dizer "Ungido" em grego;
  • É o mesmo que o termo hebraico MESSIAS {#At 17.3; v. UNGIR}.
  • NAZARENO - Natural ou morador de NAZARÉ {#Mt 2.23}.

RENOVO - REBENTO (o MESSIAS: {#Is 4.2; 11.1; Jr 23.5; 33.15; Zc 6.12}).  Este seria a tradução para o português dos termos nas línguas originais.

Mais nos perguntamos o que faríamos para ser salvos? Importante pergunta que é feita por você, por mim e foi por alguém chamado Nicodemos.
2 – Crer no Salvador - João 3.1-7
Podemos comparar a pessoa de Nicodemos com Simeão: Ambos judeus, Nicodemos fariseu, Simeão Judeu justo e piedoso; Nicodemos foi ter, ou seja, foi encontrar Jesus na noite, na escuridão, Simeão provavelmente foi ao encontro de Jesus com o dia claro; Nicodemos da um título humano a Jesus, Rabi, que quer dizer mestre em hebraico, Simeão ao encontrar Jesus diz que os seus olhos estão vendo a salvação prometida.
Poderíamos comparar muitas outras coisas, mas, precisamos enfocar três VERDADES, dentre muitos deste texto, que trará sentido a está comparação, e são elas: 
O renascimento espiritual e tão necessário para o processo de regeneração como para entrar no Reino de Deus;
  • Nascer de novo é princípio;
  • Simeão ao ver o pequeno Jesus, O Cristo, O Messias, O Renovo, instantaneamente é renovado, avivado, e entende que a salvação que ele a tanto esperava está ali na frente dele; enquanto Nicodemos, que da mesma forma tinha Jesus, O Cristo, O Messias, O Renovo, prefere o chamar de Rabí. 
A verdadeira REGENERAÇÃO não é conseguida com nossas tentativas de viver uma vida de piedade; quando nos arrependemos e confiamos nossas vidas a Jesus recebemos perdão e a verdadeira REGENERAÇÃO.
  • O texto no confere a informação de que Simeão era justo e piedoso, características de um verdadeiro cristão, porém, ele mesmo nos diz que precisamos crer na salvação divina através da pessoa de Jesus O Cristo, O Messias, O Renovo.
  • O se arrepender e crer em Jesus te faz nascer de novo, nasce do fogo purificador, limpo, justificado, e tem agora a sua fonte no rio de vida, que tem água para saciar a sua sede eternamente.
A verdade revelada pela pessoa de Jesus, mesmo ainda bebê, nos retrata toda a sua trajetória de salvação em favor dos homens. Apesar de ser Deus encarnado como João nos descreve, foi reconhecido como ser humano, um bebê que era esperado por gerações e gerações, uma criança esperada por gerações e gerações e um homem esperado por gerações e gerações, mas, que foi rejeitado pelos seus e o seus não o quiseram, e ele cumpre sua missão, e este Deus/homem ou Homem/Deus quer te encontrar como assim aconteceu com Simeão, deseja que falemos assim como o seu servo no passado, hoje os meus olhos encontram salvação! Tornou-se ser humano, habitou entre nós, Jesus fez tudo  por amor de muitos, por amor a mim por amor a você.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A minha roupa pelo "estilista" Paulo

Paulo, nessas três formas de falar nos convoca a que vistamos as roupas para a guerra, guerra espiritual, portando devemos nos vestir da armadura de Deus para que entremos em uma guerra muito violenta. Esta armadura nos é dada pelo Espírito Santo que  são os Dons que Deus nos deu, e cingindo, ou seja,  nos equipando com o cinturão da verdade. Isto é uma alusão ao soldado romano que usava o cinto para segurar toda a armadura e armas, e nisto Paulo nos ensina que devemos nos equipar com a palavra de Deus escrita. Nós devemos a cada dia nos tornarmos mais íntimos do grande General para que possamos aprender, a cada minuto, a lutar melhor por Ele, que é também é nosso Rei. Pois sabemos que Satanás existe e usa de varias armas para tentar derrubar a Igreja de Cristo, portanto devemos vestir:
Ø  Couraça da justiça – v 14
Nós como redimidos por Cristo devemos ter o caráter justo do Mestre e por isso somos protegidos por essa Justiça contra as acusações do Diabo. Is 11.5
Ø  Calçar os pés com a preparação do evangelho v – v 15
Paulo mais uma vez faz alusão ao soldado romano que calçava a sua sandália, que lhe dava maior estabilidade e proteção na batalha, e com isso Paulo nos diz: Estarmos prontos para levar o evangelho da paz e da salvação que é Jesus Cristo. Is 52.7
Ø  Escudo da Fé v – 16
A comparação que Paulo aqui agora faz com escudo e para que este escudo apague os dardos inflamados do Diabo, pois, os escudos romanos eram preparados também para apagar flechas que vinham com fogo e, portanto este escudo que vestimos vem cheio do balsamo da presença de Cristo em nossas vidas. Usemos este escudo para derrotar o diabo e seus anjos.
Ø  Capacete da salvação v – 17
Nos salvos devemos mostrar ao mundo perdido a salvação de Cristo Jesus e por isso ela deve ser bem destacada na nossa cabeça e ela deve estar protegida das ofensivas de Satanás e a confiança em Deus fará com que Ele complete  a obra em nossa vida que Ele mesmo começou. Fp 1.6
Ø  Espada do Espírito, que é a palavra v – 17
Como destaquei no começo o saber das escrituras e uma arma poderosíssima para a luta contra o diabo e por isso Paulo reforça que devemos conhecer a palavra escrita. Ela nos ajuda a nos manter firmes e constantes e sempre abundantes na boa obra. Escritura é a única arma de ofensiva nesta batalha e é comparada a espada romana que é desenhada para o combate corpo a corpo e como uma arma de ofensiva, nós precisamos manuseá-la muito bem e com autoridade vinda do Espírito Santo.
E para finalizar Paulo nos convoca a que oremos no Espírito pelas as pessoas que estão lutando esta batalha e que precisamos orar uns pelos outros e perseverar nessa oração. (Lc 18.1 Mt 26.41)

Resenha do Livro coloque o Diabo no seu devido lugar - Dr. Pr. Valtair Miranda

A visão da demonológica do antigo testamento não nos deixa claro a existência de um ser que possa ser denominado como demônio ou ao próprio Diabo/Satanás.
            Pode-se dividir este pensamento no Antigo Testamento em dois períodos como aponta o autor: Tradições antes do exílio babilônico (586 a.C) e posteriores ao exílio babilônico. No período anterior existiram referencias insistentes a ídolos como Moloque, porém, o povo acreditava que existia um Deus superior ao demais, mas isso não os impedia de adorar a outros deuses de menor “poder”.
            Este entendimento é fácil de assimilar, por causa de como os povos se relacionavam nesta época. Se algum povo ou ate mesmo uma pessoa mudasse onde morava para ir para outra terra ele mudava de deus ou quando uma nação e conquistada por ter sido derrotada em uma guerra, está passa a ser obrigada a adorar aos deuses de seus conquistadores. O autor nos informa que “é o caso de Jeremias que, em seu livro, narra um interessante episódio em que o povo considerou o culto estrangeiro mais vantajoso que o próprio culto a Iahwé. (Jr 44.17)” p13
            A partir do exílio babilônico esta concepção muda e se passa a entender esses deuses menores como seres celestiais, denominados a partir de então como anjos, e agora só existia um Deus, Iahwe, Deus de seus pais. Junto com essa mudança se amplia a visão cosmologia com geografia para poder absorver as figuras celestiais, por exemplo, o demônio do deserto, demônio do dia ou do ar. Isso explica algumas referências como “flagelo” de Habacuque 3.5.
            No que tange as funções destes seres celestias, eles respeitam a mesma divisão citada acima. Antes do exílio Deus Iahwe era responsável tanto pelas coisas boas quantos pelas desgraças que assolavam o povo. As ações de anjos, por exemplo, eram tratadas como sendo de Deus Iahwe. Após o exílio com a compreensão configurada de forma diferente, passa-se a usar o termo SATÃ, que é citada em sua maioria no AT com o sentido de adversário ou o verbo opor-se, não se referindo a um personagem celestial, funciona como um adjetivo a alguém ou a alguma situação.  Contudo, e quatro referências o vocábulo parece se referir algum ser celestial Essas passagens são: Nm 22.22,32; Zc 3.1-2; Jó 1.6; 1ª Cr 21.1. Nestes casos o SATÂ e denominado como um promotor de justiça para opor-se a homens e mulheres.
            O interessante é ainda perceber que Iahwe ainda é o visto como o executor de tudo, origem final da execução desses seres, que não são percebidos como independentes.
             No período inter bíblico a característica é a questão da literatura apocalíptica. Este tipo de literatura se preocupou em descrever a “evolução” de pensamento em relação ao seres celestiais, principalmente em relação a anjos e aos demônios. E característico deste movimento em seu inicio e de que alem de um estilo literário era um movimento cultural que influenciou os grupos cristãos em seu inicio de formação, onde a luta cósmica entre Deus e as potências do mal, quase de forma dualística e a esperança escatológica de que o Messias instauraria o reino de salvação do tempo de sofrimento e a era do porvir. Os anjos assumem um papel  mais preponderante do que no antigo testamento. Daí se pode dizer que pensamentos sobre a guerra entre o bem e o mal guerras celestiais começaram a partir daqui.
            Para autores do novo testamento, eles precisavam dialogar com essa visão e Cristo é a chave hermenêutica para tal dialogo.
             Nos evangelhos encontramos o que Jesus demonstra a respeito da demonologia, caracterizado por situações onde os próprios demônios o reconheciam como o filho de Deus ou o santo de Deus. Isto nos mostra uma cristologia muito peculiar, demonstrando que Jesus era realmente Deus para os leitores originais dos evangelhos.
            Nos respectivos diálogos dos endemoniados, em Mateus Jesus é chamado de filho de Deus e em Lucas filho do Deus altíssimo. Essas frases demonstram um tipo de adoração que apesar de existir é inútil. Estes títulos dados pelos demônios não foi dado nem por familiares e adversários muito menos os discípulos que eram companhia de Jesus durante três anos. Em Marcos o mestre é chamado de Santo de Deus, um titulo que nem o próprio Jesus falou dele mesmo. Isto nos da uma idéia de uma cristologia muito elevada por parte destes seres celestiais.
            Nas cartas paulinas é usada uma descrição cronológica das cartas, assim nos mostrando o desenvolvimento da teologia de Paulo ao longo do crescimento das igrejas que ele mesmo fundara.
            Quando Paulo escreve aos tessalonicenses em sua primeira carta, Paulo destaca que a vontade dele era de estar entre os irmãos de Tessalônica, mais devido a sua expulsão logo quando iniciava a igreja começando as pregação na sinagoga, onde os Judeus os expulsarão, a pregação de Paulo no que tange a volta de Cristo, era feita de uma forma muito imediata, inclusive Paulo acreditava que Jesus iria voltar com ele ainda vivo, mas a controvérsia surgiu por causa dos crentes que já estavam mortos. Paulo então trata de temas como a idolatria, satanás, tentador e anjo, mostrando-nos que os profetas do AT desprezavam as figuras das imagens por acreditarem que por traz de cada imagem existe demônio, aparecendo 18 vezes em suas cartas, indicando um assunto de muita importância para o apostolo. A carta é para mostrar os irmãos de Tessalônica, na questão da idolatria, que antes serviam deuses mortos e agora eles trocaram o senhoria de tais deuses pelo senhorio do Deus vivo, destacando os adjetivos da descrição do novo Deus para aquela comunidade, “vivo e verdadeiro” este são os adjetivos de Deus. Ao tema satanás Paulo se refere como quem tem atrapalhado a volta do apostolo ao convívio dos irmãos (1ªTs 2.8). A ocorrência deste termo nas obras de Paulo soma um total de 10 vezes. Algo interessante é o fato de como satanás impedia a Paulo a votar a Tessalônica? Repostas válidas seriam a perseguição judaica ou como alguns comentaristas levantam uma enfermidade ou embargo político. O tentador é referido por Paulo como aquele que poderia levar aos convertidos a abandonarem a fé por causa das tentações. O que identifica o tentador é o uso do artigo definido masculino, indicando referência a satanás. Anjo, nesta carta, é mencionado várias vezes, sendo que a volta de Cristo será cercada por anjos ou arcanjos, que é uma espécie de comandante, porem Paulo usa este termo sem descrever qualquer hierarquia angelical, para os conterrâneos de Paulo a figura denotava um chefe, mas não voltara a se mencionado por Paulo.
            Na carta de 2ª Tessalonicenses, Paulo mantém a mensagem do fim de mundo, porém a perspectiva é diferente, a iminente volta de Cristo está precedida de alguns eventos como a apostasia. A mensagem desta vez é mais dura, como em 2ª Ts 1.5-10, pois o juízo do Senhor é o enfoque ao invés de resgate dos cristãos por parte de Cristo.
Sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo; se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho).

            A segunda epistola usa indiretamente a imagem de satanás, usando a expressão “de forma parecida com as manifestações de satanás” ou apenas “influenciada por satanás”. Entende-se que das duas formas o iníquo seria inspirado por satanás. Imagens estas inspiradas nas fontes e tradições judaicas, denunciando imagens bem conhecidas dos leitores originais da carta.
            Paulo é o fundador da igreja da Galácia e por de trás da obra que Paulo escreve para esta igreja, existe o fator de uma grave crise entre os judeus cristãos e os ensinos de Paulo. No desejo de “consertar” os ensinos de Paulo, esses cristãos judaizantes ensinam as práticas judaicas e tentam tirar a autoridade de Paulo. Daí o apóstolo usa as figuras demonológicas para autenticar seu ministério dizendo que aqueles que perturbam querem perverter o evangelho, e se refere a um anjo que vindo do seu e pregando outro evangelho seja anátema.
            Neste propósito de aferir sua pregação como verdadeira ele nos mostra um conceito de duas eras e conceitua-as de três maneiras diferentes: “oikoumene”, que descreve a terra em sua plenitude, não tendo muita função na demonologia de Paulo, seu uso é apenas geográfico ou político; “aion” importante vocábulo usado por Paulo, de a entender o dualismo como escatológico, este teve seu inicio no período interbíblico fazendo crescer a idéia de um intervenção divina na historia, esta intervenção é denominada pelos estudiosos como “escaton” dando origem ao termo escatologia que se daria com a chegada d messias para inaugurar o reino dos céus; “kosmos” e traduzido como mundo.  EM 1ª Timóteo aparece com o significado de adorno, nos demais lugares significa terra inteira, conjunto dos seres humanos e para está pesquisa criação caída.
            Este termo aparece duas vezes em gálatas, no versículo 4.3 e 6.4, significando que o que PE bom para Deus é mau para o mundo e o que é bom para o mundo é mau para Deus. Porém percebe-se que o mundo em si não PE mau, maus a humanidade que habita nela é que se rebelou contra Deus.
            Os anjos em Gálatas aparecem e dois textos relacionados exclusivamente a lei. Era popular que os anjos fossem ligados por uma tradição judaica em que eles entregaram a lei a Moises no monte Sinai, e Paulo como homem do seu tempo também cria nisso, mais com a visão negativa desse evento. Em Gálatas 1.8, Paulo se refere que é muito inferior o texto da revelação entregue pelos anjos em comparação ao evangelho de Cristo pregado por ele.
            Sobre a humanidade como um todo, Paulo descreve como homens e rebelião para com Deus. Nesse contexto deve citar a expressão rudimentos do mundo, em grego “stoicheia tou Kosmou”. O termo “stoicheia” traduzido como rudimentos, aparece nos dicionários como principio fundamentais, abecedário e corpus celestiais, sendo três de suas possibilidades. Usado também na septuaginta como elementos do universo.
            Os stoicheia eram para alguns leitores judaicos espíritos guardiões do mundo, e a ferramenta para controlar o mundo eram a lei no caso do judeu e os ídolos para os gentios. Quer debaixo da lei ou dos ídolos Paulo considerava como escravidão, fazendo Paulo descrever a morte de Cristo como resgate, aparecendo este idéia em 1ª tessalonicenses, referencia a libertação dos tessalonicenses da idolatria demoníaca para uma nova vida em Deus. Em Gálatas, Paulo escreve para que os convertidos não trilhassem uma vida de escravidão seguindo os stoicheia
Em Corinto, a igreja fundada por Paulo teve seu inicio com convertidos do paganismo e alguns judeus convertidos. Na cosmologia a carta segue de perto as visões das cartas anteriores a respeito de satanás, sendo que em muitos momentos parede ser um adjetivo. Cristo é celestial em oposição a Adão que é carnal.
Jam 2ª Corintos o apostolo descreve ida de um homem ao terceiro céu referencia a ida de Paulo a um lugar celestial, usado em terceira pessoa como artifício literário. Para ao se orgulhar foi lhe posto um espinho na carne, um mensageiro de satanás, usado como artifício de dor usado de modo figurado. A estrutura levantada por Paulo é: o espinho por trás de satanás, satanás por de trás do objeto e Deus por detrás de satanás, revelando a completa soberania de Deus. Esta figura pedagógica fica mais evidente na passagem do adultério em Corinto.
Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus.

            O contexto de reprimenda paulina e eclesiástica, entregar a satanás era excluí-lo da comunhão, por ele não demonstrar arrependimento, sendo assim expulsa-lo da comunhão é o mesmo que entregar a satanás, podendo possivelmente estar usando a expressão “carne” como conseqüências físicas como doenças ou morte. O mesmo contexto é usado em 1ª Coríntios 11.30, onde alguns estavam doentes e morrendo por estarem participando de maneira inapropriada da ceia. Em outra passagem de 1ª Coríntios 7.5, Paulo fala de uma possível tentação de satanás no matrimonio se os casados se privarem um do outro. Depois trata da mesma forma das relações fraternas no texto a seguir, de 2ª Coríntios 2.10-11. A pergunta que surge agora e de como satanás poderia roubar a comunidade por falta de perdão? Possivelmente o individuo que seria perdoado se não perdoado poderia se perder.
           
Outra nota é em 2ª Coríntios 11.14, referindo se a uma tradição judaica que após ser expulso do jardim do Édem, satanás volta ao casal em fora de anjo de Luz. Paulo se refere aos livros de A vida de Adão e Eva e o apocalipse de Moises. Identificando membros da própria comunidade como lobos.
Na questão da idolatria, havia uma questão muito seria em Coríntios. O cristão poderia comer carne sacrificada a ídolos? Paulo apresenta em primeira a inofensividade dos ídolos perto de Deus, porém no segundo momento ele afirma sua preocupação, pois por atas de cada ídolo Paulo vê um demônio.
Na tradição judaica demônios não eram necessariamente ligados satanás ou diabo, mas relacionadas a enfermidades, por isso a relação muito próxima no novo testamento de se exorcizar uma pessoa e depois ela ser curada. No mesmo contexto segue a idolatria e surge a questão em 2ª Coríntios 6.15, onde a palavra traduzida por maligno é “Belial”, nome designado neste contexto que é único a uma divindade estrangeira, e por detrás destas imagens existem demônios.
Este mundo x mundo celestial nas cartas de Coríntios é exaltado o mundo celestial sobre as terrenas. Paulo recomenda a visão de um mundo vindouro em outra dimensão, apesar de não serem vistas. Para Paulo o que os olhos humanos enxergam é transitório e frágil, diante das realidades celestiais é digno de citação  que, as realidades celestiais existem apesar de não serem vistas.
Os anjos são descritos em Coríntios como espectadores dos luzeiros (Fp 2.15) que são dirigidos pelo Espírito Santo (1ª Cor 2.12). Assim parecem os anjos em Coríntios como espectadores dos homens.
Romanos é uma carta mais teológica das cartas do apostolo Paulo, por isso suas palavras são diretas na pregação do evangelho, por isso não possui muitas expressões cosmológicas.
O mundo a ira de Deus esta se manifestando no presente contra a impiedade, contra o pecado e a perversão. Diretamente fala que a ira de Deus será manifestada na volta de Cristo e já esta se manifestando contra o pecado. Isso acontece porque os pecadores são entregues aos seus pecados e o controle do príncipe deste mundo. Essa escravidão é integral. Paulo cataloga 21 formas de comportamento imoral, todos de entrega das pessoas aos seus pecados.
O autor de Colossenses parece não conhecer seus destinatários e a igreja estava passando por inúmeras idéias perigosas que estariam colocando a igreja em perigo.
Mundo é a primeira referência cosmológica nesta carta, já no capitulo 1 versículo 5, a expressão refere-se a vida ao lado de Cristo a destra de Deus. Está é outra carta a exaltar as realidades celestiais. Textos como este apresenta a divisão em dois mundos, em duas esferas de realidade. Os cristãos são exortados a pensar na realidade porvir e desejá-la mais eu a realidade temporal em que se vive, porém não é o dualismo absoluto, Deus é dono das duas realidades. A linguagem aponta esta realidade temporal rebelde a Deus e os evangelhos tratam da tradição como algo negativo pois a tradição oral e diferente da tradição escrita e na pratica a primeira era desenvolvimento da segunda. Tradição neste caso e costume humano.
Todo legalismo ou sistema religioso independente de judaico ou gentílico é uma prisão e opressão para o ser humano e a carta descreve este processo de libertação com uma linguagem bélica para destacar que todos os cristãos estão livres da opressão dos seres celestiais.
A soberania de Cristo, Colossenses trata de forma que exalta a obra de Cristo e isto era necessário para combater o que acontecia na igreja, feita através de cinco proposições centralizadas no s versos 16 e 27 do capitulo 1. Nele foram criadas todas as coisas, refere-se na esfera em que tudo é criado em Cristo; por meio dele indica instrumentalidade; para ele, nada subsiste sem ele; antes dele nos propõe a proeminência de Cristo; sob ele esta a idéia de subsistência, mesma idéia de dependência. A passagem não deixa duvidas sobre a soberania, pois descreve que todas as coisas, tanto no céu quanto na terra estão em Cristo. Neste caso os seres celestiais estão diretamente ligados a Cristo.
Em Colossenses a cosmologia e cristológica, pois coloca Cristo como cabeça de todas as coisas.
Em Efésios a igreja é tema central e é rica em referencias cosmológicas.
A primeira ocorrência indica que nas regiões celestes os cristãos já foram abençoados em toda sorte de bênçãos espirituais, e o verbo da idéia de uma ação já realizada e também de forma locativa, designando lugar das bênçãos e no caso os cristãos.
A segunda refere a Cristo reinando nas regiões celestiais soberano sobre principados e potestades.
20  que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial.
21  Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes. Ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que existem neste mundo e no mundo que há de vir.
22  Deus colocou todas as coisas debaixo da autoridade de Cristo e deu Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo.

O texto descreve a obra que Deus fez em Cristo e como nas passagens anteriores todos os verbos indicam ações já completadas.
A carta segue em descrever o governo de Cristo a direita de Deus e a expressão direita deve ser entendida com o sentido figurado indicando reinado concedido ou representativo.
De forma impressionante a carta transporta todas as construções ate agora relacionadas com Cristo para os cristãos. A idéia de assentar (Ef 2.6) é reinar com (Mt 19.28). Cristo reina sobre todas as coisas assim como os cristãos.
De forma mais enfática os cristão reinam juntamente com Cristo sobre principados e potestades e os cristão são co-governantes com Cristo.
A próxima referencia se da para a igreja. Nas regiões celestiais, a igreja ensina ao seres celestiais sobre a misericórdia divina, é um evento proclamotório: para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,( Ef 3.10). Os seres celestiais passaram a conhecer a a sabedoria de Deus através da igreja.
Na ultima referencia a seres celestiais, a referencia se da em uma luta, e luta diária dos crentes: porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. (Ef 6.12)
Apesar de nos remeter a uma espécie de luta contra os seres celestiais, outra leitura mais coerente nos remete a uma luta diante deles. O texto nos manda vestir de toda a armadura de Deus para lutar não diante da carne e sim dos seres celestiais. Se o Cristão reina sobre eles não poderia lutar contra eles.
Assim o cristão está em duas realidades, na terrena passa aflições na celestial reina soberano com Cristo.
As cartas pastorais representam o final da tradição paulina, são cartas mais preocupadas com a constituição das igrejas, por isso só tocam em cosmologia quando e extremamente necessário. È comum imaginar estas cartas como para pastores e lideres.
Estas cartas queriam combater os falsos lideres e seus ensinos.
A maioria das referencias estão direcionadas a satanás. A primeira citação de satanás está em 1ª Tm 1.20, onde satanás serve como disciplina para os pecados das igrejas, outra está em 1ª Tm 3.6 para que os lideres não se ensoberbeçam para não caírem na condenação do diabo.
Os anjos parecem poucas vezes na carta, aparecem em 1ª Tm 3.16 no sentido de participarem na glorificação de Cristo.

            O capítulo central da obra do apocalipse está no capítulo 12, embora seja discutido o mal como um todo em todo o livro.
            A realidade de satanás é que ele já está derrotado pois Jesus já morreu na cruz e a derrota de satanás já esta consumada e decretada por isso pode-se considerar que ao nos tentar ele esta tentando levar os que ainda tem salvação e por isso podemos considerá-lo tendo espasmos de morte antes de seu julgamento final.
            A identidade do dragão e tratada com vários nomes como antiga serpente, referencia dada em Gn 3.15, diabo podendo ser traduzido como caluniador e difamador usando como adjetivos e diabo mesmo como substantivo, satanás termo bem conhecido dos leitores judeus, além do atributo de sedutor do mundo parece ter ligação com a tradição da antiga serpente e chefe de anjos. Acusador que ainda é acrescentado.         
            O resultado do conflito é que o dragão acusava os irmãos no céu de dia e noite e esse é o papel na escritura hebraica principalmente quando nas narrativas de Jó e Zacarias.
            Com o impedimento de o dragão acusar na corte celestial os crentes, é nesse momento que ele é expulso do céu, positivamente é bom que ele não pode mais acusar os crentes no céu e esse é um dos planos de salvação, porém ele foi jogado na terra e ai passa a perseguir os seguidores na terra, portanto, a perseguição e passageira.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O dia em que Deus mudou de endereço!?

Atos 1 e 2

Muitos irão se perguntar se realmente isto aconteceu. Engraçado afirmar isto, pois muitas pregações e ensinos nos mostram o contrário desta mudança. Percebam está frase muito enfática e muito pronunciada: Deus está neste lugar! Obvio que sim! Ele mora dentro de você (Atos 2. 4a). Vamos à casa do Senhor! Paulo afirma que você e templo do Espírito, a casa é você! Deus é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, me contagia saber disso, mas afirmo que é o Deus de Pedro, Tiago e João!
Deus desejou e cumpriu tornar-se O Senhor dos Exércitos, ou O Leão da Tribo de Judá para na nova aliança ser o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Onde é o lugar de se adorar? Conhece está pergunta? Pode respondê-lá? Creio plenamente que sim, responderia o que o nosso Mestre respondeu, mas te faço outra: temos vivido exatamente o que Jesus ensinou neste texto? Por Cristo viver em nós através do Espírito Santo adorar no templo escolhido para o culto ou na pizzaria onde nos reunimos para comunhão não faz diferença para os verdadeiros adoradores que adoram em Espírito e em Verdade (João 4.23 e 24).
Quando Deus mudou de endereço ele mudou de um lugar construído por mãos humanas, templo construído por Salomão, lindo templo, magnífico em sua beleza, mas que em três dias foi destruído e passou a morar num templo construído por ele mesmo confirmado em Genesis 1.7 e 8, templo este que somos nós todos que aceitaram e confessam Jesus como Deus que veio em carne, morreu em morte de Cruz e ao terceiro dia ressuscitou ao terceiro dia e vive a destra de Deus Pai! Aleluia! Por este motivo o lugar mais importante do mundo já não é a terra santa Jerusalém, e sim você é verdadeira terra santa, lugar de habitação do altíssimo!
Espero verdadeiramente que este princípio possa nortear sua vida e te fazer o verdadeiro adorador desejado por Jesus e creio por você mesmo.

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A COMUNIDADE DA CRUZ

SOBREVOANDO O TEXTO

A necessidade da Cruz: Romanos 3.23; 5.12-21; 6.23; 2Coríntios 4.4; Efésios 2.1- 3; 1João 5.19
A obra da Cruz: Romanos 3.21-26; 1Coríntios 15.3; 2Coríntios 5.18-21; Hebreus 9.26-28; 10.12; 1Pedro 3.18; 1João 1.7; Apocalipse 1.5,6
Os imperativos da Cruz: Lucas 9.23; João 3.16; Atos 2.22-47; 16.30,31; Romanos 1.16,17; 5.1,2; 6.3,4; 10.1-17; Gálatas 2.20; 6.14

ILUMINANDO A PISTA

1.    O que é o pecado?

2.    Qual a diferença entre pecar e estar no pecado? (1João 3.8-10)
3.   Como se caracteriza a vida de uma pessoa que está longe de Deus? (Efésios 2.1-3)

4.Qual é a única maneira de uma pessoa se aproximar de Deus? (João 14.6; 2Coríntios 5.18-20)
5.   O que as palavras “graça” e “fé tem a ver com o relacionamento do ser humano com Deus? (Efésios 2.8-10)
6.   Leia Efésios 1.3-14 e escreva os motivos pelos quais devemos louvar a Deus.

 
ATERRISSANDO NA PALAVRA
1.  O CONCEITO DE PECADO
A Bíblia define pecado utilizando pelo menos cinco palavras gregas. A mais comum é hamartia que significa errar o alvo, e fala de um padrão que falhamos em atingir.
Este padrão foi estabelecido por Deus, e é chamado de Lei Moral. A Lei é uma expressão do caráter de Deus, ou em outras palavras, a Lei é uma descrição de “como Deus funciona”. Quando Deus nos criou à sua imagem e semelhança, Ele compartilhou seu caráter conosco. Nesse sentido, a Lei de Deus é semelhante ao manual de instruções do Criador, Deus, a respeito do bom funcionamento da criatura, o ser humano. O pecado, portanto, é tudo aquilo que contraria o caráter de Deus expresso em sua Lei. O pecado é a pretensão humana em funcionar e fazer o mundo funcionar de uma forma não planejada por Deus.

2.  A NECESSIDADE DA CRUZ
O pecado do ser humano trouxe conseqüências para toda a raça humana. Estas conseqüências explicam porque a Cruz de Cristo se tornou necessária. A palavra bíblica usada para descrever as conseqüências do pecado é morte (Romanos 3.23; 5.12-21; 6.23; Efésios 2.1-3). Em termos práticos, esta “morte espiritual” de que fala a Bíblia significa três coisas: 
1.    SEPARAÇO DE DEUS, simbolizada pela expulsão do Paraíso, que resulta em um novo status do relacionamento com Deus, agora não mais definido pela comunhão, mas pela rebeldia (Gênesis 3.22-24; Romanos 3.23)
2.    SUJEIÇÃO AO DIABO, uma vez que o pecado foi uma aliança com a Serpente, em detrimento da submissão a Deus, o ser humano se tornou escravo do Diabo e seus espíritos malignos, pois perdeu a autoridade não apenas sobre o mundo natural como também sobre o mundo espiritual. (2Coríntios 4.4; Efésios 2.1-3; 1João 5.19)
3.    DEGENERAÇO DA IMAGEM DE DEUS, uma vez que o pecado é errar o alvo, isto é, viver num padrão conflitante ao caráter de Deus, este viver em conflito com Deus é também um viver em conflito consigo mesmo, é contrariar não apenas a natureza de Deus como também a própria natureza humana (Romanos 7).

3.  A OBRA DA CRUZ
Todas as conseqüências do pecado do homem são sanadas pela cruz, onde Jesus Cristo:
1.    SATISFEZ A JUSTIÇA DE DEUS: a Bíblia diz que Jesus Cristo morreu por nós (Lucas 22.19; João 10.11,15; Romanos 5.8; Efésios 5.2; 1Tessalonicenses 5.10; Tito 2.13,14) e também pelos nossos pecados (1Coríntios 15.3; Hebreus 9.26; 10.12; 1Pedro 3.18; 1João 1.7; Apocalipse 1.5,6), de modo que Jesus Cristo nos substituiu na cruz (Isaías 53.1-7; 2Coríntios 5.18-21) satisfazendo a justiça ultrajada de Deus e recebendo a condenação que pesava sobre nós.
2.    DESTRUIU O DIREITO E O PODER DO DIABO: a Bíblia diz que Jesus Cristo se manifestou para desfazer as obras do Diabo (Mateus 28.19; Lucas 11.14-23; João 8.32, 34-36; Efésios 1.20-23; Filipenses 2.9-11; 1João 3.8; Gálatas 5.1; Apocalipse 1.16-18).
3.    REGENEROU O SER HUMANO: em Cristo, não apenas o ser humano está justificado diante de Deus, livre do pecado e do Diabo, mas também é uma nova criatura (João 3.5-16; 2Coríntios 5.17; Efésios 2.10).
 
A obra completa de Deus Pai a partir da cruz de Cristo pode ser resumida em três palavras:
1.    PERDÃO: o cancelamento da dívida (Colossenses 2.13,14)
2.    JUSTIFICAÇO: a eliminação da culpa pelo pecado (Romanos 5.1; 8.1)
3.    ADOÇÃO: a inclusão na família e a participação na herança de Deus em Cristo (Romanos 8.17; Gálatas 4.4,5; Efésios 1.4,5)

A obra completa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, na cruz, pode ser resumida em quatro palavras:
1.    REDENÇÃO: o pagamento do preço para o resgate pelo pecado (1Pedro 1.18,19)
2.    PROPICIAÇÃO: o satisfaço da justiça de Deus ultrajada pelo pecado (Romanos 3.24,25)
3.    RECONCILIAÇÃO: a restauração do relacionamento com Deus (2Corintios 5.18-21)
4.    LIBERTAÇÃO: a vida fora dos limites e jugos de escravidão impostos pelo império das trevas (João 8.36; Efésios 2.1-7; Colossenses 1.13,14; Hebreus 2.14,15)

A obra completa do Espírito Santo de Deus a partir da cruz de Cristo pode ser resumida em cinco palavras:
1.    REGENERAÇÃO: a nova vida resultante do novo nascimento (João 3.3-6)
2.    HABITAÇÃO: a presença de Deus através do Espírito Santo (João 14.16,17, 23)
3.    SELO: a marca de propriedade de Deus e a garantia de que o relacionamento com Deus é inviolável (Efésios 1.13,14; Tiago 4.5)
4.    BATISMO: a inclusão em Cristo e no corpo de Cristo (1Coríntios 12.12,13)
5.    PENHOR: a garantia da herança em Cristo e a possibilidade de experimentar as primeiras bênçãos do céu (Romanos 8.23; Efésios 1.13,14)

4.  OS IMPERATIVOS DA CRUZ
A obra de Cristo na cruz foi completa em termos de satisfazer a justiça de Deus, desfazer as obras do Diabo e restaurar o ser humano. Mas o Evangelho exige uma resposta humana, que o próprio Senhor Jesus indica: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23).

1.      A SI MESMO SE NEGUE: nada mais coerente, pois considerando que o pecado é essencialmente uma atitude de rebeldia diante de Deus, quando o ser humano substitui Deus pelo seu próprio eu, o caminho da volta implica na submissão do eu a Deus. Por esta razão o anúncio do Evangelho é uma convocação ao arrependimento: meia volta mudança de rumo (Marcos 1.14,15; Atos 2.38). 

2.      DIA A DIA TOME A SUA CRUZ: conforme nos ensinou o apóstolo Paulo, Jesus nos incluiu em sua cruz, de modo que podemos considerar que a cruz de Cristo é também a nossa cruz (Gálatas 2.20; 6.14). Esta identificação com Cristo em sua cruz, isto é, vermos a nós mesmos crucificados em Cristo, é um ato de fé (Atos 16.30,31; Romanos 1.16,17; 5.1,2; 10.1-17; Efésios 2.8-10). Para que a cruz de Cristo seja eficaz em nós, devemos crer que estávamos incluídos em Cristo, quando ele morreu.

3.    SIGA-ME: mais uma vez atestamos a coerência da convocação de Jesus. Uma vez que a cruz deve ser tomada dia a dia, então a experiência cristã implica na companhia constante de Jesus, e não em uma decisão passada. Por esta razão o apóstolo Paulo disse que “se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na semelhança da sua ressurreição... pois fomos sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6.3,4)

CONCLUSÃO

O PECADO DO HOMEM
A OBRA DA CRUZ
A RESPOSTA DO HOMEM
Rebeldia que afasta de Deus
Satisfaz a justiça de Deus
a si mesmo por Cristo
Sujeição ao Diabo
Desfaz às obras do Diabo
Tomar a cruz de Cristo
Degeneração da imagem de Deus
Regenera o ser humano
Seguir a Cristo


PONDO OS PÉS NO CHÃO
1.   Aliste os princípios fundamentais que você descobriu ou reafirmou através deste estudo da palavra de Deus.
2.   Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.
3.   Por que a cruz de Cristo foi necessária?
4.   De que Cristo nos salva?
5.   O que significa negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir a Jesus? (Lucas 9.23)
6.   Você crê em Jesus como seu Salvador e Senhor? O que isto significa para você? (Romanos 10.9)
7.   De que maneira Jesus espera que seus discípulos tornem pública a sua fé? (Mateus 28.18-20; Marcos 16.16)
8.   Como se distingue sua vida antes e depois de Cristo? (Romanos 6.3,4; 2Coríntios 5.17)
9.   Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade da Cruz.

Estudo feito pela IBAB e modificado por mim conforme a realidade de meus Discipulandos.