segunda-feira, 4 de julho de 2016

A Morte, o Estado Intermediário e a Glorificação



Autor: Wayne Grudem
Fonte: Teologia Sistemática, Editora Vida Nova.

• Qual é o propósito da morte na vida cristã?
• Que acontece ao corpo e à alma quando morremos?
• Quando receberemos o corpo ressurreto?
• Como ele será?

1.         EXPLICAÇÃO E BASE BÍBLICA
A.        Morte: Por que os cristãos morrem?
Nosso estudo da aplicação da redenção deve incluir uma consideração da morte e da questão de como os cristãos devem ver a própria morte e a morte dos outros. Devemos também perguntar sobre o que nos acontece entre o tempo que morremos e o tempo em que Cristo vai retornar para nos dar corpos ressurretos.

1. A morte não é uma punição para os cristãos.
Paulo diz-nos claramente que “agora, já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Todas as penalidades dos nossos pecados já foram pagas. Assim, muito embora saibamos que os cristãos morrem, não devemos considerara morte dos cristãos uma punição de Deus ou de alguma forma um resultado da penalidade devida a nós por causa dos nossos pecados. É verdade que a penalidade pelo pecado é a morte, mas essa penalidade não mais se aplica a nós — nem em termos de morte física nem em termos de morte espiritual ou separação de Deus. Tudo isso foi pago por Cristo. Portanto, deve haver outra razão que não a punição de nossos pecados para a morte que os cristãos enfrentam.
[Nota de Hélio: o parágrafo acima tem graves erros. Em primeiro lugar, o que a única Bíblia verdadeira (em qualquer idioma, aquela mais fielmente traduzida a partir do Textus Receptus, e que foi usada por todos crentes de todas as igrejas batistas e reformadas de todas as nações, desde Lutero 1922 até recentemente) diz é “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (ACF) Há, sim, condenação (quanto à comunhão, correção, galardão, o ser usado por Deus, etc.; não quanto à salvação eterna) para o salvo que andar segundo a carne (Compare At 5:1-10; 1Co 3:12,15; 5:9-10; Gl 5:16-18; 1João 3:20-21; 5:16)! Em segundo lugar, há, sim, condenação de morte física (não de perca de salvação) para certas condições de crentes que, aos olhos de Deus, são grosseiramente pecaminosas e teimosamente rebeldes, ver 1Cor 5:5 “Seja entregue a Satanás para destruição da CARNE, para que o espírito seja salvo no dia do SENHOR Jesus.” (ACF) e 1Co 11:30 “Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que DORMEM.” (ACF)]

2. A morte é o resultado final da vida no mundo decaído.
Em sua grande sabedoria, Deus decidiu que não nos aplicaria os benefícios da obra redentora de Cristo de uma só vez. Antes ele escolheu aplicar os benefícios da salvação de modo gradual em nossa existência. Semelhantemente, ele resolveu não remover todo o mal do mundo de imediato, mas esperar até o juízo final e o estabelecimento do novo céu e da nova terra. Em resumo, ainda vivemos em um mundo decaído e nossa experiência de salvação é ainda incompleta.
O último aspecto do mundo decaído a ser removido será a morte. Paulo diz: “24 Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. 25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. 26 Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.” (1Co 15:23-26 ACF) Quando Cristo retornar, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória”. “Onde está, á morte, a sua vitória? Onde está, á morte, o seu aguilhão?” (lCo 15.54,55). Mas até aquele tempo a morte vai permanecer uma realidade mesmo na vida dos cristãos.
Embora a morte não nos venha como penalidade pelos nossos pecados individuais (porque isso foi pago por Cristo) [Nota de Hélio: quanto à salvação ou perdição eternas, o salvo jamais será julgado por nenhum pecado que, infelizmente, venha a cometer, pois Cristo os levou todos vicariamente sobre Si, ao morrer em nosso lugar, como nosso substituto. Mas, quanto à disciplina, comunhão e usabilidade, o salvo pode ser julgado de vários modos, até ao ponto da morte física  1Co 5:5; 11:30] , ela vem como resultado de vivermos no mundo decaído, onde os efeitos do pecado não foram ainda removidos. Ligados à experiência da morte estão outros resultados da queda que prejudicam nosso corpo físico e assinalam a presença da morte no mundo — tanto os cristãos como os não-cristãos experimentam o envelhecimento, as doenças, os prejuízos, os desastres naturais (como as enchentes, tempestades violentas e terremotos) [Nota de Hélio: e desastres provocados pelo homem, ainda caído (guerras, crimes, acidentes, etc.)]. Embora Deus muitas vezes responda às orações para libertar cristãos (e também não-cristãos) de alguns desses efeitos da queda por certo tempo (indicando assim a natureza do seu Reino que se aproxima), os cristãos acabam experimentando todas essas coisas em alguma medida, e, até que Cristo retorne, todos nós ficaremos velhos e morreremos. O “último inimigo” ainda não foi destruído. E Deus resolveu permitir que experimentássemos a morte antes de ganharmos todos os benefícios da salvação que foi conquistada para nós.

3. Deus usa a experiência da morte para completar nossa santificação.
Durante toda a nossa jornada na vida cristã, sabemos que nunca temos de pagar qualquer penalidade pelo pecado, pois tudo foi pago por Cristo (Rm 8.1) [Nota de Hélio: quanto à salvação ou perdição eternas, o salvo jamais será julgado por nenhum pecado que, infelizmente, venha a cometer, pois Cristo os levou todos vicariamente sobre Si, ao morrer em nosso lugar, como nosso substituto. Mas, quanto à disciplina, comunhão e usabilidade, o salvo pode ser julgado de vários modos, até ao ponto da morte física  1Co 5:5; 11:30]. Portanto, quando realmente experimentamos dor e sofrimento nesta vida, não devemos nunca pensar que é porque Deus nos esteja punindo (para o nosso mal) . As vezes o sofrimento é simplesmente resultado da vida o no mundo pecaminoso e decaído e às vezes é porque Deus nos está disciplinando (para o nosso bem), mas em todo o caso Paulo nos assegura: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm 8.28).
O propósito positivo de Deus nos disciplinar está claramente afirmado em Hebreus 12 , onde lemos: “pois o Senhor disciplina a quem ama [...] Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados”(Hb 12.6,10,11). Nem toda disciplina serve para nos corrigir quando cometemos pecados; Deus pode permiti-la para o nosso fortalecimento, a fim de que possamos ganhar mais capacidade de confiar nele e de resistir ao pecado no desafiador caminho da obediência. Vemos isso claramente na vida de Jesus, que, mesmo sendo sem pecado, todavia “ aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu” (Hb 5.8). Ele foi aperfeiçoado “mediante o sofrimento” (Hb 2.10). Portanto, devemos ver toda fadiga e sofrimento que nos acontece na vida como algo que Deus nos traz para o nosso bem, para o fortalecimento de nossa confiança nele, para nossa obediência a ele e, em última instância, para aumentar nossa capacidade de glorificá-lo.
O entendimento de que a morte não é de modo algum a punição pelo pecado [Nota de, mas simplesmente algo que Deus nos faz passar a fim de tornar-nos mais parecidos com Cristo, deve servir de grande encorajamento para nós. Esse entendimento deve retirar de nós todo o temor da morte que assalta a mente dos crentes (cf.Hb 2.15). Todavia, embora Deus venha anos fazer um bem por meio do processo da morte, devemos ainda lembrar que a morte não é natural, não é uma coisa boa e, no mundo criado por Deus, ela é algo que não deveria existir. Ela é uma inimiga — algo que Cristo finalmente vai destruir (1Co 15.26).

4. Nossa obediência a Deus é mais importante que preservar a vida.
Se Deus usa a experiência da morte para aprofundar a confiança nele e para fortalecer nossa obediência a ele, então é importante que nos lembremos de que o alvo de preservar a vida neste mundo a qualquer custo não é o alvo maior para o cristão: a obediência a Deus e a fidelidade a ele em todas as circunstâncias são coisas muito mais importantes. Essa é a razão pela qual Paulo pôde dizer:
“Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (At 21.13; cf. 25.11). Ele disse aos presbíteros de Éfeso: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). Quando Paulo estava em prisão, não sabendo se morreria ali ou se sairia vivo, ainda pôde dizer: “Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado. Ao contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo serei engrandecido em meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (Fp 1.20).
A persuasão de que podemos honrar ao Senhor mesmo na morte e de que a fidelidade a ele é muito mais importante que preservar nossa vida deu coragem e motivação aos mártires no decorrer de toda a história da igreja. Quando confrontados com a escolha entre preservar a própria vida e pecar ou abrir mão da própria vida e ser fiel, escolhiam abrir mão da própria vida: “diante da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12.11). Mesmo em tempos em que há pouca perseguição e pouca coisa semelhante ao martírio, seria bom fixarmos essa verdade em nossa mente de uma vez por todas, pois, se desejarmos abrir mão até mesmo de nossa vida por fidelidade a Deus, veremos que é muito mais fácil abrir mão de qualquer outra coisa por causa de Cristo.

B.        O que devemos pensar sobre nossa morte e a morte dos outros?
1. Nossa própria morte.
O NT nos encoraja a ver a própria morte não com temor, mas com alegria pela perspectiva de partir e estar com Cristo. Paulo diz: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Quando está na prisão, não sabendo se seria executado ou se seria solto, ele pode dizer: “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Caso continue vivendo no corpo, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.21-23).
Também lemos as palavras de João no Apocalipse: “Então ouvi uma voz dos céus dizendo: ‘Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante'. Diz o Espírito: ‘Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão” (Ap 14.13).
Os crentes, portanto, não precisam ter medo de morrer, porque a Escritura nos assegura de que nem mesmo a morte “será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.39; cf. Sl 23.4). De fato, Jesus morreu para libertar “aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hb 2.15). Esse versículo nos lembra de que, quando falamos de maneira clara sobre nossa ausência de temor da morte, isso proporciona um forte testemunho para pessoas idosas que tentam evitar falar sobre a morte e que não possuem nenhuma resposta para ela.

2. A morte de parentes e amigos cristãos.
 Embora aguardemos o tempo de nossa própria morte com a expectativa alegre de estar na presença de Cristo, nossa atitude será um tanto diferente quando experimentarmos a morte de amigos crentes e parentes. Nesses casos, experimentaremos a tristeza genuína — mas mesclada com alegria porque eles foram estar com o Senhor.
Não é errado expressar a tristeza real pela perda da comunhão com os nossos amados que morrem e também tristeza pelo sofrimento e angústia que eles possam ter experimentado antes de morrer. Às vezes os cristãos pensam que mostram falta de fé se lamentam profundamente por um irmão na fé que morreu. Mas a Escritura não dá apoio a essa idéia, porque, quando Estêvão foi apedrejado, lemos : “Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram por ele grande lamentação” (At 8.2). Certamente não houve nenhuma falta de fé por parte de ninguém pelo fato de Estêvão estar no céu experimentando grande alegria na presença do Senhor. Todavia, a tristeza daqueles homens piedosos mostrou o genuíno pesar que sentiram com a perda da comunhão de quem amavam, e não foi errado expressá-la — foi correto! Mesmo Jesus, diante da tumba de Lázaro, “chorou” (Jo 11.35), experimentando tristeza pelo fato de Lázaro ter morrido e por suas irmãs e outras pessoas estarem experimentando tristeza, bem como também, sem dúvida, pelo fato de que havia morte no mundo, pois, em última instância, a morte é antinatural e não deveria estar no mundo criado por Deus.
Não obstante, a tristeza que sentimos pela morte de nossos queridos está claramente misturada com esperança e alegria. Paulo não diz aos tessalonicenses que eles não deveriam de forma alguma sentir aflição por causa dos seus amados que haviam morrido, mas ele escreve: “Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança” (lTs 4.13). Eles não deviam se entristecer do mesmo modo, com o mesmo desespero amargo, como acontece com os descrentes. Mas certamente eles se entristeceriam. Ele lhes assegura que Cristo “morreu por nós para que, quer estejamos acordados quer dormindo, vivamos unidos a ele” (lTs 5.10) e, desse modo, ele os encoraja dizendo que os que morrem vão estar com o Senhor. Essa é a razão por que a Escritura pode dizer: “Felizes os mortos que morrem no Senhor [...] eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão” (Ap 14.13). De fato, a Escritura mesmo nos diz: “O SENHOR vê com pesar a morte de seus fiéis” (S1 116.15).
Portanto, embora tenhamos genuína tristeza quando amigos e parentes cristãos morrem, podemos dizer com a Escritura: “‘Onde está, á morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?' [...] Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (lCo 15.55,57). Ainda que choremos, nosso choro deve ser misturado com adoração a Deus e ações de graças pela vida dos queridos que morreram.

3. A morte dos descrentes.
Quando os descrentes morrem, a dor que sentimos não está misturada com a alegria da segurança de que eles foram estar com o Senhor para sempre. Essa dor, especialmente em relação àqueles com quem estivemos bastante ligados, é muito profunda e real. Paulo, ao pensar a respeito de alguns de seus irmãos judeus que haviam rejeitado Cristo, disse: “Digo a verdade em Cristo, não minto; minha consciência o confirma no Espírito Santo: tenho grande tristeza e constante angústia em meu coração. Pois eu até desejaria ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor de meus irmãos, os de minha raça” (Rm 9.1-3).
Deve ser dito ainda que muitas vezes não temos certeza absoluta de que uma pessoa persistiu ate a morte em sua rejeição a Cristo. O conhecimento da morte iminente que uma pessoa tem vai com freqüência produzir uma sondagem genuína do coração por parte da pessoa que está à morte, e às vezes as palavras da Escritura ou palavras de testemunho cristão que foram ouvidas muito tempo atrás serão lembradas, podendo levar ao arrependimento e fé genuínos. Certamente não temos qualquer certeza de que isso aconteceu a menos que haja uma evidência explícita disso, mas também é salutar perceber que em muitos casos temos um conhecimento provável, mas não absoluto de que aqueles a quem conhecemos como descrentes persistiram em sua incredulidade até a morte. Em alguns casos simplesmente não sabemos.
Não obstante, após a morte de um não-cristão certamente seria errado fornecer qualquer indicação a outros de que pensamos que tal pessoa foi para o céu. Isso seria simplesmente fornecer uma informação errônea e uma segurança falsa e diminuiria a urgência da necessidade dos que ainda estão vivos de confiar em Cristo. É muito melhor, em tais ocasiões, à medida que Deus proporciona oportunidade, gastar tempo para refletir sobre nossa vida e nosso destino e ainda partilhar o evangelho com outras. De fato, as ocasiões em que somos capazes de falar como amigos aos amados de um descrente que morreu são muitas vezes as oportunidades que o Senhor abre para falarmos a respeito do evangelho com os que ainda estão vivos.

C.        O que acontece quando as pessoas morrem?

1. A alma dos crentes vai imediatamente para a presença de Deus.
A morte é a cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o corpo. Uma vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra sepultado, no momento da morte sua alma (ou espírito) vai imediatamente para a presença de Deus com regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Estar ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele também diz que o seu desejo é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus disse ao ladrão que estava à sua direita: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 23.43). O autor de Hebreus diz que, quando os cristãos comparecem para adorar juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu, mas também à presença dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo, como veremos em mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo para sempre na sepultura, pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao corpo, o corpo será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com Cristo eternamente.

a. A Bíblia não ensina a doutrina do purgatório.
O fato de que a alma dos crentes vai imediatamente para a presença de Deus significa que não há nada semelhante a purgatório.
No ensino da Igreja Católica Romana, o purgatório é o lugar para onde a alma dos crentes vai a fim de ser purificada do pecado, até que esteja pronta para ser admitida no céu. De acordo com esse pensamento os sofrimentos do purgatório são dados por Deus em substituição à punição dos pecados que os crentes deveriam ter recebido nesta vida, mas não receberam.
Mas essa doutrina não é ensinada na Escritura, e é de fato contrária aos versículos citados anteriormente. Antes de tudo, deve ser dito que essa literatura não é igual à Escritura em autoridade e não deve ser tomada como fonte de doutrina cheia de autoridade. Além disso, os textos dos quais essa doutrina é derivada contradizem afirmações claras do NT e, assim, se opõem ao ensino da Escritura. Por exemplo, o texto primário usado nesse sentido, 2Macabeus 12.42-45, contradiz as afirmações claras da Escritura citadas anteriormente a respeito de partir para estar com Cristo. O texto diz o seguinte: [Depois, tendo organizado uma coleta individual, Judas Macabeus, o líder das forças judaicas] enviou a Jerusalém cerca de duas mil dracmas de prata, a fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado: agiu assim absolutamente bem e nobremente, com o pensamento na ressurreição. De fato, se ele não esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormecem na piedade, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado.
Aqui fica claro que tanto a oração pelos mortos como fazer uma oferta a Deus para libertar os mortos de seus pecados são práticas aprovadas. Mas isso contradiz o ensino explícito do NT de que somente Cristo fez expiação por nós. Essa passagem em 2Macabeus é difícil de enquadrar mesmo com o ensino católico romano, porque ele ensina que orações e sacrifícios deviam ser oferecidos pelos soldados que haviam morrido no pecado mortal da idolatria (que não pode ser perdoado, segundo o ensino de Roma) para possibilitar que eles viessem a ser libertos de seu sofrimento.
Outras passagens às vezes usadas para dar suporte à doutrina do purgatório são Mateus 12.32 e 1 Coríntios 3.15. Em Mateus 12.32, Jesus diz: “Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na que há de vir”. Ludwig Ott comenta que essa frase “deixa aberta a possibilidade de que pecados são perdoados não somente neste mundo, mas no mundo por vir” . Contudo, isso simplesmente é um erro de raciocínio, pois dizer que alguma coisa não acontecerá na era por vir não implica que possa acontecer na era por vir! O que é necessário para provar a doutrina do purgatório não é uma afirmação negativa como essa, mas uma afirmação positiva que diga que pessoas sofrem com o propósito de ser continuamente aperfeiçoadas até morrerem. Mas a Escritura não diz isso em lugar algum.
Em 1 Coríntios 3.15 Paulo diz que, no diz do julgamento, a obra que uma pessoa fez será julgada e testada pelo fogo, e então conclui: “Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo”. Mas isso não é o mesmo que falar de uma pessoa sendo queimada ou sofrendo punição, mas simplesmente de sua obra sendo testada pelo fogo — o que é bom será igual ao ouro, prata e pedras preciosas, que vão durar para sempre (v. 12). Além disso, o próprio Ott admite que esse fato ocorre não durante esta era, mas durante o dia do “julgamento geral” , o que indica que dificilmente esse texto pode ser usado como argumento convincente para o purgatório.
Um problema ainda mais sério com essa doutrina é que ela ensina que devemos acrescentar alguma coisa à obra redentora de Cristo e que a sua obra redentora por nós não foi suficiente para pagar a penalidade de todos os nossos pecados. Mas isso é certamente contrário ao ensino da Escritura. Além disso, em sentido pastoral, a doutrina do purgatório rouba dos crentes o grande conforto que lhes deveria pertencer por saber que os que morreram foram imediatamente para a presença do Senhor e por saber que eles também, quando morrerem, partirão e estarão “com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23).


b. A Bíblia não ensina a doutrina do “sono da alma”.
O fato de que a alma dos crentes vai imediatamente para a presença de Deus também significa que a doutrina do sono da alma é incorreta. Essa doutrina ensina que, quando morrem, os crentes entram no estado de existência inconsciente, e a próxima coisa de que terão consciência será quando Cristo retornar e os ressuscitar para a vida eterna. Essa doutrina nunca encontrou grande aceitação na igreja.
O suporte para esse pensamento tem sido geralmente encontrado no fato de que a Escritura diversas vezes fala do estado dos mortos como de um sono ou de “adormecer” (Mt 9.24; 27.52; Jo 11.11; At 7.60; 13.36; lCo 15.6,18,20,51; lTs 4.13; 5. l0). Além disso, certas passagens parecem ensinar que os mortos não possuem existência consciente (v. Sl 6.5; 115.17 [mas repare no v. 18!] ; Ec 9.10; Is 38.19) . Porém, quando a Escritura apresenta a morte como sono, trata-se simplesmente de uma expressão metafórica usada para indicar que a morte é somente temporária para os cristãos, exatamente como o sono é temporário. Isso é claramente visto, por exemplo, quando Jesus fala com seus discípulos a respeito da morte de Lázaro. Ele diz: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou até lá para acordá-lo” (Jo 11.11). Então João explica: “Jesus tinha falado de sua [de Lázaro] morte, mas os seus discípulos pensaram que ele estava falando simplesmente do sono. Então lhes disse claramente: ‘Lázaro morreu”'(Jo 11.13,14). As outras passagens que falam a respeito de pessoas dormindo quando morrem devem ser também interpretadas como simplesmente uma expressão metafórica para ensinar que a morte é temporária.
Com respeito às passagens que indicam que os mortos não louvam a Deus ou que há uma cessação de atividade consciente quando as pessoas morrem, devem ser todas entendidas da perspectiva da vida neste mundo. De nossa perspectiva, parece que, uma vez que as pessoas morrem, elas não se dedicam nunca mais a essas atividades... Mas o salmo 115 apresenta uma perspectiva plenamente bíblica desse ponto de vista. Ele diz: “Os mortos não louvam o SENHOR, tampouco nenhum dos que descem ao silêncio”(v. 17). Todavia, ele prossegue no próximo versículo com um contraste, demonstrando que os que crêem em Deus bendirão o Senhor para sempre: “ Mas nós bendiremos O SENHOR, desde agora e para sempre! Aleluia!” (v. 18).
Em última análise, as passagens citadas demonstrando que a alma dos crentes vai imediatamente para a presença de Deus e desfruta comunhão com ele ali (2Co 5.8; Fp 1.23; Lc 23.43; Hb 12.23) indicam, todas elas, que há para o crente existência consciente e comunhão com Deus imediatamente após a morte. Jesus não disse: “Hoje você não terá mais consciência de qualquer coisa que está por acontecer”, e sim: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 23.43). Certamente a concepção de paraíso entendida naquela época não era a de existência inconsciente, mas de grande bênção e alegria na presença de Deus. Paulo não diz: “Desejo partir e ficar inconsciente por um longo período de tempo”, mas antes “desejo partir e estar com Cristo” (Fp 1.23). Ele certamente sabia que Cristo não estava inconsciente, o Salvador adormecido, mas o Salvador que estava vivo e reinando no céu. Estar com Cristo significava desfrutar a bênção da comunhão da sua presença, e essa é a razão por que partir e estar com Cristo era “muito melhor” (Fp 1.23). Assim, ele diz: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8).

c. Devemos orar pelos mortos?
Finalmente, o fato de que a alma dos crentes vai imediatamente para a presença de Deus significa que nós não devemos orar pelos mortos. Embora a oração pelos mortos seja ensinada em 2Macabeus 12.42-45 (v. anteriormente), em lugar algum da Escritura isso é ensinado.Além disso, não há indicação alguma de que essa tenha sido a prática dos cristãos no tempo do NT, nem deveria ter sido. Uma vez que os crentes morrem, entram na presença de Deus e ficam no estado de alegria perfeita com ele. Que bom não ter de orar por eles nunca mais! A recompensa celeste final será baseada em atos praticados nesta vida, como a Escritura repetidamente testifica (1 Co 3.12-15; 2Co 5.10; ect.) . Ademais, a alma dos descrentes que morrem vai para o lugar de punição e de eterna separação da presença de Deus. Não seria bom orar por eles também, visto que o destino final deles é estabelecido por seus pecados e por sua rebelião [Em outros dois usos do NT, a palavra paraíso significa ”céu”. Em 2Coríntios 12.4 é o lugar ao qual Paulo foi arrebatado em sua revelação do céu, e em Apocalipse 2.7 é o lugar onde encontramos a árvore da vida.] contra Deus nesta vida. Orar pelos mortos, portanto, é simplesmente orar por algo que Deus nos disse que já foi decidido. Além disso, ensinar que devemos orar pelos mortos ou incentivar outros a fazer isso seria encorajar a falsa esperança de que o destino das pessoas pode ser mudado após a morte delas, algo que a Escritura não nos orienta a fazer em lugar algum.

2. A alma dos descrentes vai imediatamente para a punição eterna.
A Escritura nunca nos encoraja a pensar que as pessoas terão outra oportunidade de confiar em Cristo após a morte. De fato, trata-se exatamente do contrário. A parábola de Jesus a respeito do rico e de Lázaro não dá esperança alguma de que as pessoas possam passar do inferno para o céu após terem morrido. Embora o rico no inferno tivesse gritado: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou sofrendo muito neste fogo”, Abraão lhe respondeu: “entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que, os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem”(Lc 16.24-26).
O livro de Hebreus associa a morte com a conseqüência do julgamento em uma seqüência imediata: “Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo” (Hb 9.27). Além disso, a Escritura nunca apresenta o juízo final como dependente de qualquer coisa feita após a nossa morte, mas dependendo somente do que aconteceu nesta vida (Mt 25.31-46; Rm 2.5-10; cf. 2Co 5. 10) . Alguns argumentam a favor de outra oportunidade para se crer no evangelho com base na pregação de Cristo aos espíritos em prisão em 1 Pedro 3.18-20 e na pregação do evangelho “a mortos” em 1 Pedro 4.6 , mas essas são interpretações inadequadas dos versículos em questão e, numa análise mais precisa, não dão apoio a tal pensamento.
Devemos também perceber que a idéia de que haverá outra oportunidade de aceitar Cristo após a morte é baseada na suposição de que cada pessoa merece uma oportunidade para aceitar Cristo e que a punição eterna vem aos que conscientemente decidem rejeitá-lo. Mas certamente essa idéia não tem o apoio da Escritura; todos nós somos pecadores por natureza e escolha, e realmente ninguém merece nenhuma graça de Deus nem nenhuma oportunidade de ouvir o evangelho de Cristo — que vêm ao homem somente por causa do favor imerecido de Deus. A condenação vem não somente por causa da rejeição deliberada de Cristo, mas também por causa dos pecados que todos cometemos e da rebelião contra Deus que esses pecados representam (v. Jo 3.18)
Embora os descrentes passem para o estado de punição eterna imediatamente após a morte, o corpo deles não será ressuscitado até o dia do juízo. Naquele dia, o corpo de cada um será ressuscitado e reunido à alma, e comparecerão perante o trono de Deus para o juízo final que vai ser pronunciado sobre eles, incluindo o corpo (v. Mt 25.31-46; Jo 5.28,29; At 24.15; Ap 20.12,1 5) . Isso nos conduz à consideração da ressurreição do corpo do crente, que é o passo final de sua redenção.
D. Glorificação
            Como foi mencionado anteriormente, Deus não deixará nosso corpo morto na sepultura para sempre. Quando Cristo nos redimiu, ele não redimiu apenas nosso espírito (ou alma) — ele nos redimiu como pessoas completas, e isso inclui a redenção de nosso corpo. Portanto, a aplicação da obra redentora de Cristo a nós não será completa até que nosso corpo seja inteiramente liberto dos efeitos da queda e trazido ao estado de perfeição para o qual Deus o criou. De fato, a redenção de nosso corpo ocorrerá somente quando Cristo retornar e ressuscitá-lo dentre os mortos. Mas, no tempo presente, Paulo diz que esperamos pela “redenção do nosso corpo” e então acrescenta: “Pois nessa esperança fomos salvos” (Rm 8.23,24). O estágio da aplicação da redenção em que receberemos por fim o corpo ressuscitado é chamado de glorificação. Referindo-se àquele dia futuro, Paulo diz que participaremos da glória de Cristo (cf. Rm 8.17) . Além disso, quando Paulo traça os passos na aplicação da redenção, o último que menciona é a glorificação: “E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou” (Rm 8.30).
Podemos definir glorificação da seguinte maneira: A glorificação é o passo final na aplicação da redenção. Ela acontecerá quando Cristo retornar e ressuscitar dentre os mortos os corpos de todos os crentes de todas as épocas que morreram e reuni-los às respectivas almas, e mudar os corpos de todos os crentes que permanecerem vivos, dando assim a todos os crentes ao mesmo tempo um corpo ressuscitado perfeito igual ao seu.

1. Razão bíblica apresentada para a glorificação.
A passagem mais importante do NT para a glorificação ou ressurreição do corpo é lCoríntios 15.12-58. Paulo diz : [...] em Cristo todos serão vivificados . Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem (v. 22,23). Paulo discute a natureza da ressurreição do corpo em alguns detalhes nos versículos 35-50 , e a seguir conclui a passagem dizendo que nem todos os cristãos morrerão, mas alguns que permanecerem vivos quando Cristo retornar simplesmente terão seu corpo instantaneamente transformado em um novo corpo ressurreto, que nunca irá envelhecer, enfraquecer ou morrer: “Eis que eu lhes digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados” (lCo 15.51,52).
Posteriormente Paulo explica em lTessalonicenses que a alma dos que morreram e foram estar com Cristo voltará e se unirá ao corpo naquele dia, pois Cristo a trará consigo :”Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram” (lTs 4.14). Mas aqui Paulo não somente afirma que Deus trará mediante Jesus os que morreram; ele também afirma que “ os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (lTs 4.16). Assim, esses crentes que morreram com Cristo também ressuscitarão para se encontrar com ele (Paulo diz no v. 17 que “nós, os que estivermos vivos seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares”). Isso somente faz sentido se diz respeito à alma dos crentes que partiram para a presença de Cristo e que retornam com ele, e se é o corpo deles que é ressuscitado dentre os mortos para ser reunido à sua alma e, então, ascender para estar com ele.

2. Com que se assemelhará o corpo ressurreto?
Se Cristo vai ressuscitar o nosso corpo dentre os mortos quando retornar e se nosso corpo será igual ao seu corpo ressurreto (1 Co 15.20,23,49; Fp 3.21), então a que se assemelhará nosso corpo?
Usando o exemplo de lançar a semente no solo e então aguardá-la crescer e se tornar algo muito mais maravilhoso, Paulo passa a explicar em detalhes com o que nosso corpo será parecido: “Assim será a ressurreição dos mortos. O corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível; é semeado em desonra e ressuscita em glória; é semeado em fraqueza e ressuscita em poder; é semeado um corpo natural e ressuscita um corpo espiritual. [...] Assim como tivemos a imagem do homem terreno, teremos também a imagem do homem celestial” (lCo 15.42-44,49).
Paulo primeiro afirma que nosso corpo ressuscitado será “imperecível”. Isso significa que ele não se desgastará nem envelhecerá, nem mesmo estará sujeito a qualquer espécie de doença ou enfermidade. Ele será completamente sadio e forte para sempre.Além disso, já que o processo gradual de envelhecimento é parte do processo pelo qual nosso corpo está agora sujeito à pericibilidade, é apropriado pensar que nosso corpo ressuscitado não apresentará qualquer sinal de envelhecimento, antes terá as características da juventude mas ao mesmo tempo de masculinidade ou feminilidade madura para sempre. Não haverá qualquer evidência de doença ou dano, pois todos se tornarão perfeitos. Nosso corpo ressuscitado evidenciará o cumprimento da sabedoria perfeita de Deus em nos criar como seres humanos que são a coroa da sua criação e os portadores apropriados de sua imagem e semelhança. No corpo ressuscitado claramente veremos a humanidade como Deus pretendeu que fosse.
Paulo também diz que nosso corpo será ressuscitado “em glória”. Quando esse termo é contrastado com “desonra”, como é aqui, há uma insinuação da beleza ou da atração que nosso corpo exercerá. Ele não mais será ”desonrável” ou desprovido de atração, mas parecerá “glorioso” em sua beleza. Ele pode até possuir um fulgor radiante em si mesmo (v. Dn 12.3; Mt 13.43).
Nosso corpo também será ressuscitado “em poder” (lCo 15.43). Isso contrasta com a “fraqueza” que vemos em nosso corpo agora. Nosso corpo ressurreto não será somente livre das doenças e do envelhecimento, também receberá plenitude de força e poder — não um poder infinito como o de Deus, naturalmente, e provavelmente nada que se assemelhe a um poder “super-humano” no sentido dos super-heróis da moderna literatura de ficção para crianças, por exemplo; mas ele terá mesmo assim a força e o poder humanos de maneira completa e plena, a força que Deus pretendeu que os seres humanos tivessem em seu corpo quando originariamente os criou. Portanto, ele terá força suficiente para fazer tudo o que desejarmos e que estiver de conformidade com a vontade de Deus.
Por último, Paulo diz que o corpo ressuscitado é um “corpo espiritual” (lCo 15.44). Nas cartas paulinas, a palavra “espiritual” (gr., pneumatikos) nunca significa “não-físico”, e sim “consistente com o caráter e a atividade do Espírito Santo” (v.,p.ex.,Rm 1.11; 7.14; lCo 2.13,15; 3.1; 14.37; Gl 6.1 [“vocês, que são espirituais”]; Ef 5.19). Por isso, a expressão “corpo material” (encontrada em algumas traduções) é inadequada, pois em contraste com “corpo espiritual”. 0 fato de o sinal dos cravos permanece nas mãos de Jesus é um caso especial para nos fazer lembrar do preço que foi pago por nossa redenção, não deve ser entendido que quaisquer marcas ou lesões permanecerão em nós, daria a entender que “corpo espiritual” é um corpo não-físico, imaterial. Em vez de “corpo material”, a tradução melhor seria “corpo natural”. A seguinte paráfrase é esclarecedora: “É semeado um corpo natural [isto é, sujeito às características e aos desejos desta era, dominado por sua vontade pecaminosa] e ressuscita um corpo espiritual [isto é, integralmente sujeito à vontade do Espírito Santo e suscetível à orientação dele] ”. Não se trata de um corpo “não-físico”, mas de um corpo físico ressuscitado e elevado ao grau de perfeição que originariamente Deus pretendeu que tivéssemos. Os exemplos repetidos em que Jesus demonstrou aos discípulos que ele tinha um corpo físico que era capaz de ser tocado, que possuía carne e OSSOS (Lc 24.39) e que poderia comer mostram que o corpo de Jesus, que é modelo para o nosso, era claramente um corpo físico que havia se tornado perfeito.
Para concluir, quando Cristo retornar, ele nos dará novos corpos para que sejam iguais ao seu corpo ressurreto: “... sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (lJo 3.2; essa afirmação é verdadeira não somente no sentido ético, mas também em termos de nosso corpo físico; cf. 1 Co 15.49; tb. Rm 8.29). Tal segurança proporciona a afirmação clara de que a criação física de Deus é boa. Viveremos nos corpos que terão todas as qualidades excelentes que Deus criou para que as tivéssemos e, assim, para sempre seremos prova viva da sabedoria de Deus em fazer tudo na criação material, desde o princípio, “muito bom” (Gn 1.31). Viveremos como crentes ressuscitados no novo corpo,e ele será adequado para a nossa habitação nos “novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (2Pe 3.13).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Todos somos capazes de amar.
1ª João 4.
“O verdadeiro amor é aquele que reparte” Sócrates, filósofo grego.
                Nós temos durante toda a vida realizado muitas coisas que podem ser chamadas de atitudes amorosas. Temos ajudado os necessitados, temos amados os nossos amigos, familiares, lugares favoritos e muitas outras coisas. O que significa realmente a palavra amor na sua vida.
            Em suma, amor significa um sentimento por algo ou alguém que é muito importante para o que ama e o que é amado é tomado de atitudes inimagináveis de cuidado, preocupação e realizações a favor dele. No entanto, existem outros significados para a mesma palavra, pois existem diferentes “amores” que podemos retratar como por exemplo o amor “Eros” que é de onde se tira a palavra erótico, ou seja, o amor que é levado para o desejo sexual dos seres humanos; o amor “storge”afeição natural, como um desconhecido é tratado numa fila de banco ou em uma espera para ser atendido pelo médico; o amor “phileo” que é o sentimento direcionado a nossos amigos; por fim o amor “ágape” que é o sentimento que tem a capacidade de amar incondicionalmente, altruísta, sacrificial. Este último é o que a bíblia retrata como o amor de Deus por nós.   
            Qual amor temos sentido em nossa vida? Quais amores temos realizado em nossa vida? Para se ter alguma coisa é necessário obtê-lo na fonte. Se precisamos comprar carne vamos ao açougue; se queremos roupa vamos a loja de roupa e assim se sucede nossa vida. Se queremos desfrutar deste sentimento tão importante em nossa vida e realizarmos atos de amor verdadeiro, devemos buscá-lo na fonte. Mas qual é a fonte?
1.      Deus é a fonte deste amor verdadeiro.
A carta de João nos afirma que este Deus maravilhoso é a fonte deste amor que tem a capacidade de repartir, mas só se pode repartir aquilo que se tem em quantidade de se repartir. Se uma pessoa possui somente uma peça de roupa para se vestir ela nuca poderá vestir duas pessoas. Só podemos repartir o amor de Deus se experimentarmos, sentirmos e entendermos este amor. Quando leio a palavra fonte entendo um lugar que não se esgota o que jorra. Um grande rio começa de uma pequena nascente, uma pequena fonte, através do caminho e compartilhando de outras pequenas fontes podem construir um grande rio. Uma nascente nunca jorra água contaminada, sua água sempre é cristalina e saudável.
Ao observar esses dois princípios sobre uma fonte de água como exemplo, podemos então nos referir a fonte deste amor, que é Deus, como uma fonte inesgotável que jorra amor puro e que nos fará bem, pois é um amor saudável.         
Muitas famílias têm sido atacadas pela falta de amor ou por um amor contaminado e doente. Como disse no primeiro estudo, o mundo pós-moderno tem inundado as famílias com um amor falso e doentio, um amor interesseiro e perverso fazendo uma enchente que leva a morte. Nuca se viu na história humana tantos casamentos sendo acabados por falta de amor; nunca se viu antes na história tanta violência entre familiares e a resposta para isso é simples e clara, estamos buscando na fonte errada.
Precisamos redirecionar a nossa busca. Não se busca família saudável criando um ambiente de aparente estabilidade usando dinheiro, casa bonita, boa educação, lindas roupas, equipamentos eletrônicos dos melhores. Cria-se um ambiente saudável na família repartindo o que se tem de melhor. O que temos de melhor em nossas famílias? Temos dado aos nossos familiares o que eles pedem o que eles necessitam?
2.      Esse amor é um sentimento mais também se reflete em ações.
O amor não pode ser somente sentido, ele precisa ser realizado. Apenas dizer que se ama e não demonstrar em ações esse amor nós estamos agindo como hipócritas. Alguns se enganam quando pensam que o agir do amor é apenas a efetuação de ações sociais, como distribuição de alimentos, roupas, atendimentos gratuitos e etc. A amor agindo também realiza tais feitos. O amor em ação também perdoa. Coloca os que se havia perdido no lugar de início novamente. O perdão é uma virtude deste amor verdadeiro. Este resultado deve ser desenvolvido em nossa vida. Perdão é uma reconstrução do que se perdeu.
Quando nos sentimos magoados, feridos, desprezados, angustiados perdemos confiança, domínio de nossa calma, irritação com quem nos magoou. Passamos a nem querer ver quem nos machucou. Este procedimento é humano e concerne a realidade.
Mesmo quando perdoamos encontramos dificuldade de refazermos o que se perdeu. Perdemos confiança, perdemos a disposição de ligar pra pessoa, mandar uma carta, um email. Todos sentimos isso. Como disse anteriormente, o perdão é um caminho de reconstrução e em reconstrução. O que foi perdido deve ser achado e concertado. (Mateus 18.21-35)
3.      Todos somos capazes de amar.
O amor verdadeiro nunca se acaba, pois a fonte dele, Deus, é inesgotável. Porém o amor “eros” acaba. O amor “storge” acaba. O amor “phileo” acaba. O que devemos então pensar e realizar para que o amor que gera o desejo de um esposo por uma esposa não se acabe; que o ser humano não se matem por nada; que nossos amigos que se foram possam retornar? Banharmos nossos “amores” com o amor verdadeiro (ágape), o amor de Deus.
Todas as famílias têm problemas. Todos têm problemas. O que devemos ser enquanto pessoas de Deus, é regar a nossa vida constantemente com o amor ágape que Deus tem nos dado.
“Deus repreende a quem ama” Atos 17.11. Os filhos devem entender que os pais não os repreendem por falta de amor, é exatamente o contrário. Pais precisam saber que repreender não é falta de amor. Precisamos nos posicionar sempre na direção bíblica e realizar o que ela manda. Sempre podemos melhorar e devemos começar experimentando, sentido e entendendo o amor de Deus e aplicá-lo em nossa vida.


O exercício da humildade.
Filipenses 2.12-16
                “No livro man’s search for meaning, Victor Frankl escreveu: A ultima das autonomias humanas é a capacidade de escolher qual atitude tomar diante das circunstâncias “Poder para mudar sua vida, pg. 14. 2012.
            Quando iniciamos algo devemos realizar não somente o começo, mas, toda a trajetória a ser desenvolvida. Este caminho que começou em mim e atinge os que me cercam precisa ser continuado ao longo do tempo. Como posso dar continuidade? Deixando ser tocado por Deus e as pessoas que o cercam.
            Deus utiliza maneira bem concreta de realizar sua vontade. O apóstolo Paulo usa o termo efetuar. Efetuar nos dá a ideia de realizar algo que alguém já começou e é exatamente isso que acontece quando iniciamos mudanças em nossa vida. E os métodos que Deus usa para nos transformar são o uso de sua palavra, oração e seu Espírito Santo.           
1.      Deus usa a sua palavra poderosa.
      A Bíblia é a palavra de Deus revelada aos homens. Sendo a palavra de Deus, podemos então usá-la de forma a estar sendo ensinados pelo próprio Deus e com isso conhecer a sua vontade. Porém para se conhecer a palavra, a vontade, os desejos de alguém é necessário conhecer o que está pessoa está dizendo. Um grande problema enfrentado por muitos é que querem ser transformados, mais não querem efetuar a sua parte na mudança.
      Quanto tempo temos dedicado a conhecer a vontade de Deus escrita? Hoje temos um procura muito grande por grandes pastores, líderes famosos, “gurus espirituais”. A busca do conhecimento do Senhor e algo imprescindível em nossa vida. A quantidade e qualidade do meu conhecimento vão dizer o quanto posso efetuar em mim a mudança necessária a respeito de algo em minha vida. Usando um exemplo bem simples podemos enxergar muito bem essa situação. A esposa pede ao esposo que troque o botijão de gás, pois ele havia acabado. O porquê ela pede que o esposo troque? Porque a quantidade e qualidade de seu conhecimento, força, capacidade de atuação é inferior a do esposo, então ele, o esposo irá trocar o botijão de gás. Comparando este exemplo com nossa vida espiritual qual a resposta que encontramos? Dependemos dos outros pra tudo ou devemos começar a crescer de forma a podermos entender e realizar as coisas por nós mesmos? Certamente em algumas situações é bom ter ajuda, mas, precisamos caminhar também nos esforçando, efetuando o que Deus quer fazer em nós.
      Conhecer a palavra, saber seu propósito, suas funções é conhecer em quantidade e qualidade o autor destas palavras.
2.      Deus utiliza a oração.
Em um relacionamento não é de costume apenas um falar enquanto o outro fica calado. Aliás, conversas foram feitas para que haja trocas, interesses, visões diferentes, afirmação de pontos de vista. Isto é exatamente o princípio que Deus utiliza em seu relacionamento com os homens. Q pergunta a ser feita é exatamente a que se fez a respeito do interesse pela palavra de Deus, quanto tempo e com que qualidade temos dedicado a nossa vida em oração?
Certamente a efetuação da transformação de Deus em nossa vida será muito mais eficiente se nos dedicarmos a conversar com Ele com o coração aberto. “O mundo não é movido pelas perguntas e sim pela busca de respostas” assim dizia uma propaganda do Senai. Quando nossa vida se encontra em “encruzilhadas de duvidas” precisamos nos dispor a encontrar respostas para elas. Nossa vida depende de crescimento, de busca por conhecimento, de realizar grandes coisas. Deus quer efetuar em nossa vida grandes coisas. As ferramentas para o crescimento Deus tem nos dado, precisamos agora deixar de apenas conhecer e passar a usá-las com frequência.
3.      Deus usa seu Espírito Santo.
Cada ser humano tem seu espírito. Segundo a palavra de Deus, soprado pelo próprio Deus em nós. Este espírito é comum a todos os seres humanos. No entanto quando o Espírito Santo de Deus toca o nosso espírito humano iniciamos em nossa vida um processo de transformação incrível, pois passamos a ser ensinados diretamente por Deus. Como dito anteriormente, este ensino passa normalmente pelo conhecimento da palavra e pela oração e estes dois métodos aliados à ação espiritual de Deus em nossa vida alavanca de forma tremenda nossa transformação.                       

Ser transformado não significa apenas ser tirado de uma condição e ter passado por outra, mas usar cada momento como se tornar alguém melhor. Cada passo dado em nossa vida de ser feito com toda diligência e certeza. O texto bíblico enfatiza a não reclamarmos do que está acontecendo. A passarmos por este período com a certeza de o melhor de Deus pra nossa vida.
Inicio com este post o estudo sobre mudanças que podem ocorrer em nossa família a partir do uso da palavra e sendo usados pelo Espírito Santo. Que Deus te abençoe.
Começando por mim e minha família.
2º Samuel 12.1-13; 2º Samuel 12. 24-25; Romanos 12.1-2
                “Não permitam que o mundo ao redor os force a se encaixar em seus moldes, mas deixem Deus os recriarem de maneira que seu temperamento seja completamente transformado. Assim vocês demonstrarão que a vontade divina é boa, aceitável e perfeita” Poder para mudar sua vida, pg. 14. 2012.
            Viver este tempo tem se mostrado muito difícil. A pós-modernidade tem nos imposto alguns novos paradigmas que estão torcendo nossos princípios e valores de forma muito abrupta. Como viver neste tempo em meio a tantas diferenças? Uma pluralidade que nos deixa temerosos. Com essas influências nossas famílias estão sofrendo mutações que não conseguimos por muitas vezes entender e acompanhar, o que fazer diante disso? Veremos que precisamos usar o poder transformador do Senhor para que possamos sobreviver a este tempo tão caótico e hostil.
            O nosso ponto de partida será realizar a mudança em nós para que através de nós possamos inundar nossa família e consequentemente o mundo com o poder transformador de Deus. Mas o que nos atrapalha mudar? Como essa mudança acontece? Quando isso começa e leva muito tempo?
1.      O que nos atrapalha a mudar?
O que começa a nos atrapalhar a iniciar uma mudança em nossa vida é exatamente a palavra MUDANÇA. Temos arrepios, calafrios, pesadelos ao nos depararmos com essa situação. Porém ao observarmos a vida percebemos que estamos em constante mudança e adaptação as novas realidades e circunstâncias e por isso, precisamos sempre estar refletindo e realizando mudanças em nossas vidas.
Neste tempo de inúmeras informações que recebemos diariamente, nossa mente e espírito são tocados com muita constância e rapidez. Assistimos, ouvimos, pesquisamos e nos interessamos por diversos assuntos e isso influência nossa vida de uma forma total. O que temos feito com tudo isso que temos recebido em nossa vida tem feito com que nos tornemos as pessoas que somos hoje e o que somos determina o que somos dentro de nossa família. Essas nuanças de personalidades, desejos, capacidades, intenções fazem parte de nossa família e podem fazer com que entremos em conflito.
Mudar é algo necessário sempre. Quanto mais flexível nós somos mais difícil será perdemos o controle. Quando falo de flexibilidade não falo de falta de princípios e padrões, e sim de uma análise profundo de tudo o que somos diante das situações que vivemos. Certamente que um tem maior dificuldade de mudança do que outros, no entanto a flexibilidade me permite adequação as determinadas situações para que se possa caminhar em serenidade e paz em meu círculo de relacionamento.
Mudar é sempre eficaz. Mudar pra melhor nos faz melhores seres humanos. Cada situação que enfrentamos é uma oportunidade de melhora. Pessoas que se irrita com facilidade precisa flexibilizar para começar a tardar sua ira. Alguém que se fecha diante a uma nova perspectiva precisa se flexibilizar para poder alcançar novos voos.
Não se engesse diante a vida. Mude para poder influenciar seus relacionamentos
 Como essa mudança acontece em nossas vidas?
Processo. O que essa palavra te diz? O dicionário Michaelis nos diz que processo é: (lat. processu) 1. Ato de proceder ou de andar. 2. Sucessão sistemática de mudanças numa direção definida. 3. Concatenação ou sucessão de fenômenos. 4. Seguimento, decurso.
Processo pode ser entendido como caminho a ser seguindo em direção a um foco que está previamente definido. O melhor de tudo é que Deus usa este caminho para nos ajustar a sua vontade. Deus ama nos ensinar usando as circunstâncias da vida para nos mudar e nos fazer crescer.
Quando nos permitimos deixar ser mudados pelo Senhor certamente encontraremos significativas motivações para efetuar em nós essas mudanças. Quando encontramos problemas em nossos relacionamentos familiares devemos atentar para a possibilidade do crescimento. Esse momento em particular pode ser o início de uma grande jornada rumo ao que temos desejado em nossos corações. Reafirmo aqui que: Deus usa o processo, que pode ser doloroso, para nos tornar melhores. Não deixe que esse momento, essa circunstância passe despercebido, sem usá-la como meio de crescer. Exemplos têm muitos. Olhe pra si mesmo e veja quanto é necessário mudar, ser flexível, ser ensinado por Deus no processo]
 Quando, onde, quanto tempo?
          Ao se encontrar diante de momentos difíceis nos fazemos muitas perguntas para tentar entender o que está acontecendo. QUANDO isso começa parece que as realidades que vivemos se colocam como algozes de nossa vida. QUANDO um filho se rebela conta os pais; QUANDO o chefe de família perde o emprego; QUANDO uma doença mortal aparece em alguém que amamos; O QUANDO é o inicio do processo. O ONDE define o lugar. Minha família, meus amigos, meu trabalho, minhas relações. O QUANTO TEMPO se refere ao tempo que o processo se dará.
Interessante observar as pessoas que procrastinam sua vida e passam a viver infelizes. Cada momento deve ser vivido como novas oportunidades. Crescer sendo ensinados pelo Deus supremo nos dá a segurança de estar sendo seguros pela potente mão do Senhor. Não se engane, mesmo diante deste turbilhão de coisas, Deus lhe dará novos dias, dias melhores, dias de paz.
Não se desespere se começou agora, ou ontem há um mês, um ano; se é na sua família, seu trabalho, sua faculdade, sua escola, seu relacionamento amoroso; se tem muitos dias, muitos meses ou até anos, com Cristo nos direcionando certamente dias melhores virão. Profundas transformações serão marcadas em seu caráter, em sua família.  COMEÇANDO POR MIM, isso que vamos aprender daqui em diante.