segunda-feira, 6 de junho de 2011

Confissão Batista de New Hampshire

Confissão Batista de New Hampshire
Das Escrituras
Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens divinamente inspirados, e é um
perfeito tesouro de instrução celestial; que tem Deus como seu autor, salvação como
seu fim, e verdade sem qualquer mistura de erro como seu conteúdo; que ela revela os
princípios pelos quais Deus nos julgará; e por isso é, e continuará sendo até o fim do
mundo, o verdadeiro centro da união cristã, e o supremo padrão pelo qual toda
conduta, credos, e opiniões humanas devem ser julgados.
Do Verdadeiro Deus
Cremos que há um, e somente um, Deus vivo e verdadeiro, um Espírito infinito,
inteligente, cujo nome é YAHVEH, o Criador e Supremo Governador do céu e da terra,
inexprimivelmente glorioso em santidade, e digno de toda honra, confiança, e amor
possíveis; que na unidade da divindade há três Pessoas, o Pai, o Filho, e o Espírito
Santo; iguais em toda a perfeição divina, e executando distintos e harmoniosos ofícios
na grande obra da redenção.
Da Queda do Homem
Cremos que o homem foi criado em santidade, sob a lei de seu Criador; mas por
transgressão voluntária caiu daquele santo e feliz estado; em conseqüência do que
todos os homens são agora pecadores, não por constrangimento, mas por escolha;
sendo por natureza completamente destituídos daquela santidade requerida pela Lei de
Deus, inegavelmente inclinado para o mal, e por isso sob justa condenação à ruína
eterna, sem defesa ou desculpa.
Do Caminho da Salvação
Cremos que a salvação de pecadores é totalmente de graça, através do ofício mediador
do Filho de Deus; que pelo decreto do Pai, livremente tomou sobre si nossa natureza,
mas sem pecado; honrou a Lei Divina pela sua obediência pessoal; que tendo
ressuscitado da morte, Ele está agora entronizado no céu; e unindo em sua maravilhosa
pessoa as mais ternas simpatias com divinas perfeições, Ele é de todos os modos
qualificado para ser um salvador adequado, compassivo e todo-suficiente.
Da Justificação
Cremos que a grande bênção evangélica que Cristo assegura a tantos quantos crêem
nele é a justificação; que a justificação inclui o perdão de pecado, e a promessa de vida
eterna sobre os princípios da justiça; que ela é aplicada, não em consideração de
quaisquer obras de justiça que nós temos feito, mas exclusivamente através da fé no
sangue do Redentor; em virtude do que sua perfeita justiça é livremente imputada a
nós por Deus mediante a fé; que leva-nos para um estado da mais abençoada paz e
favor com Deus, e nos assegura as bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade.
Da Natureza Livre da Salvação
Cremos que as bênçãos da salvação são colocadas à disposição de todos pelo
evangelho; que é o dever imediato de todos aceitá-las por uma fé cordial, penitente e
obediente; e que nada impede a salvação do maior pecador na terra exceto sua própria
depravação inerente e rejeição voluntária do evangelho; que a rejeição envolve-o em
uma condenação agravada.
Da Graça na Regeneração
Cremos que, a fim de serem salvos, os pecadores devem ser regenerados, ou nascidos
de novo; que a regeneração consiste em dar uma disposição santa à mente; que ela é
efetuada de uma maneira acima da nossa compreensão pelo poder do Espírito Santo,
em conexão com a verdade divina, de maneira a assegurar nossa obediência voluntária
ao evangelho; e que sua evidência apropriada aparece nos santos frutos do
arrependimento, fé e novidade de vida.
Do Arrependimento e da Fé
Cremos que o arrependimento e a fé são deveres sagrados, e também graças
inseparáveis, operadas em nossas almas pelo Espírito regenerador de Deus; pelo que
sendo profundamente convencidos de nossa culpa, perigo e incapacidade, e do
caminho da salvação por Cristo, nós retornamos para Deus com contrição, confissão e
súplica por misericórdia não fingidas; ao mesmo tempo recebendo genuinamente o
Senhor Jesus Cristo como nosso profeta, sacerdote e Rei, e confiando nele somente
como único e todo-suficiente salvador.
Do Propósito da Graça de Deus
Cremos que a eleição é eterno propósito de Deus, segundo o qual Ele graciosamente
regenera, santifica e salva pecadores; que sendo perfeitamente consistente com a livre
agência do homem, abrange todos os meios em conexão com o fim; que é uma
demonstração gloriosíssima da bondade soberana de Deus, sendo infinitamente livre,
sábia, santa, e imutável; que ela exclui completamente a vanglória, e promove
humildade, amor, oração, louvor, confiança em Deus, e ativa imitação de sua livre
misericórdia; que ela encoraja o uso dos meios no mais alto grau; que ela pode ser
percebida pelos seus efeitos em todo aquele que verdadeiramente crê no evangelho;
que é o alicerce da segurança cristã; e que verificá-la com respeito a nós mesmos
demanda e merece a máxima diligência.
Da Santificação
Cremos que a santificação é o processo pelo qual, segundo a vontade de Deus, nós
somos feitos participantes de sua santidade; que ela é uma obra progressiva; que é
iniciada na regeneração; e que é efetivada nos corações dos crentes pela presença e
poder do Espírito Santo, o Selador e Consolador, no uso contínuo dos meios decretados
- especialmente a Palavra de Deus, o auto-exame, a abnegação, a vigilância, e a
oração.
Da Perseverança dos Santos
Cremos que são crentes legítimos aqueles que resistem até o fim; que seus
perseverantes vínculos com Cristo é o grande marco que distingui-os dos professos
superficiais; que uma especial providência zela por seu bem-estar; e eles são guardados
pelo poder de Deus através da fé para a salvação.
Da Harmonia da Lei e do Evangelho
Cremos que a Lei de Deus é a regra eterna e imutável de seu governo moral; que ela é
santa, justa, e boa; e que a incapacidade que as Escrituras atribuem aos homens caídos
de cumprir seus preceitos provém inteiramente de seu amor ao pecado; livrá-los disso,
e restaurá-los através de um mediador à obediência não fingida à santa Lei, é um
grande fim do evangelho, e dos meios de graça associados com o estabelecimento da
Igreja visível.
De uma Igreja Evangélica
Cremos que uma Igreja visível de Cristo é uma congregação de crentes batizados,
associados pelo pacto na fé e comunhão do evangelho; observando as ordenanças de
Cristo; governados por suas Leis, e exercitando os dons, direitos, e privilégios investidos
neles pela sua Palavra; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos, ou pastores, e
diáconos, cujas qualificações, reivindicações, e deveres são definidos nas epístolas a
Timóteo e Tito.
Do Batismo e da Ceia do Senhor
Cremos que o Batismo cristão é a imersão de um crente em água, em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; para anunciar, em um solene e belo símbolo, nossa fé no
Salvador crucificado, sepultado e ressurreto, com seu efeito em nossa morte para o
pecado e ressurreição para uma nova vida; que é pré-requisito aos privilégios de uma
relação eclesiástica; e à Ceia do Senhor, na qual os membros da Igreja, pelo uso
sagrado do pão e do vinho, devem comemorar juntos a morte de Cristo por amor;
precedido sempre por solene auto-exame.
Do Sábado Cristão
Cremos que o primeiro dia da semana é o dia do Senhor, ou o sábado cristão; e deve
ser mantido sagrado para propósitos religiosos, pela abstenção de todo o labor secular
e recreações pecaminosas; pela observância devota de todos os meios de graça, tanto
privado quanto público; e pela preparação para aquele repouso que restará para o Povo
de Deus.
Do Governo Civil
Cremos que o governo civil é de nomeação divina para os interesses e boa ordem da
sociedade humana; e que devemos interceder pelos magistrados, conscienciosamente
honrá-los e obedecê-los; exceto apenas nas coisas opostas à vontade de nosso Senhor
Jesus Cristo, que é o único Senhor da consciência, e o príncipe dos Reis da Terra.
Do Justo e do Ímpio
Cremos que há uma diferença radical e essencial entre o justo e o ímpio; que apenas
tantos quantos por meio da fé são justificados em nome do Senhor Jesus, e
santificados pelo Espírito do nosso Deus, são verdadeiramente justos em Sua avaliação;
enquanto todos quantos continuam em impenitência e incredulidade são, aos Seus
olhos, ímpios, e sob a maldição; e esta distinção mantém-se entre os homens tanto na
morte como depois dela.
Do Mundo Vindouro
Cremos que o fim do mundo está se aproximando; que no último dia Cristo descerá do
céu, e ressuscitará os mortos da sepultura para retribuição final; que uma solene
separação então tomará lugar; que o ímpio será condenado à punição, e o justo ao
júbilo infindáveis; e que este julgamento fixará para sempre o estado final dos homens
no céu ou no inferno, sobre os princípios da justiça.

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